Oito desembargadores do Órgão Especial do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS) rejeitaram, ontem, quarta-feira (21), a denúncia contra o deputado estadual Paulo Siufi (PMDB) na operação Coffee Break. O parlamentar foi um dos denunciados por corrupção passiva pelo Ministério Público estadual (MP-MS) no processo que terminou com a cassação do então prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal, em março de 2014.

O julgamento foi suspenso porque o desembargador Sérgio Fernandes Martins pediu mais tempo para analisar o processo, já que voltou de férias no dia 15 de fevereiro.

Outros sete desembargadores acompanharam o voto do relator Júlio Roberto Siqueira Cardoso, que rejeitou a denúncia por falta de provas ou indícios da autoria do crime. São eles: Vladimir Abreu da Silva, Claudionor Miguel Abss Duarte, João Maria Lós, Carlos Eduardo Contar, Dorival Renato Pavan, Fernando Mauro Moreira Marinho e Manoel Mendes Carli.

Mesmo que o voto de Sérgio Fernandes Martins seja a favor da denúncia, Paulo Siufi já está livre do julgamento no Tribunal de Justiça. A investigação do MP-MS apurou que houve um esquema de compra de votos para afastar Alcices Bernal da chefia do Executivo campo-grandense.

O caso de Paulo Siufi foi julgado pelos desembargadores porque hoje ele é deputado estadual e tem foro privilegiado. Os outros 22 acusados serão julgados na 1ª instância.

“Na verdade não existe nenhuma prova, o Ministério Público não trouxe nada nesse processo a não ser um processo midiático. Então o tribunal analisou com profusão as provas, tanto que teve votos longos, que não se comprovou nenhum crime. Na realidade, o processo é um nada, um zero. O Ministério Público não provou nada, foi só por ouvi dizer, ouvi falar”, afirmou o advogado de defesa, Renê Siufi.

A Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ) informou que vai aguardar o fim do julgamento para se manifestar e, se for o caso, recorrer.

FONTE: TJ-MS