A Federação Industrial do Estado de Mato Grosso do Sul (Fiems) informou, nesta quarta-feira (16), que protocolou um pedido para a reserva de 150 mil doses de vacinas contra o novo coronavírus (Covid-19) para a indústria de Mato Grosso do Sul, junto a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Segundo o presidente da entidade, Sérgio Longen, a medida foi adotada após a CNI anunciar que está negociando com o Ministério da Saúde a compra do imunizante produzido pelas farmacêuticas Pfizer e Biontech.

Ainda de acordo com Longen, a negociação da CNI está sendo realizada com a empresa farmacêutica multinacional com sede em Nova York, nos Estados Unidos, mas que nada impede que a aquisição das doses seja com outro laboratório.

“Nós estamos aguardando o posicionamento da Anvisa sobre nossa intenção, que está sendo alinhada com a Pfizer, mas nada impede que compremos de outro laboratório que seja autorizado. O que a Fiems, por meio do Sesi, não vai fazer é adquirir vacinas que não tenham sido autorizadas pela Anvisa”, ressaltou.

Para o líder industrial, a vacina é a única maneira possível de o setor industrial retomar à normalidade desde que começou a pandemia do novo coronavírus.

“Esse de 2020 foi muito difícil e agora estamos enxergando a luz no fim do túnel. Estamos vendo as discussões sobre os planos de vacinação por áreas de risco, profissionais da saúde, idosos, indígenas e nós queremos vacinar os nossos trabalhadores da indústria. Em Mato Grosso do Sul já temos recursos assegurados para vacinar os nossos industriários. Então é nessa linha que estamos trabalhando, já foi feito o pleito e com tranquilidade informamos aos profissionais da indústria que nós já estamos correndo atrás da vacina”, reforçou.

Negociações

O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, informou que o setor industrial está preparado para comprar vacinas contra a Covid-19 para seus trabalhadores, principalmente os mais jovens, que não terão prioridade no plano de vacinação do Governo Federal.

De acordo com ele, isso será feito através do Sesi Nacional, que já tem orçamento para a compra de uma grande quantidade de vacinas – hoje o setor industrial brasileiro emprega cerca de 10 milhões de trabalhadores -, mas, dependerá da disponibilidade do produto no mercado.

“Esperamos negociar com Ministério da Saúde a autorização para a compra de vacinas para vacinação dos trabalhadores dentro das indústrias. Já estamos discutindo com as empresas isso”, completou Robson Braga, afirmando que a expectativa da indústria é que haja vacinação em massa a partir de fevereiro de 2021 e que isso é importante para o setor e para toda a sociedade brasileira.

FONTE: CORREIO DO ESTADO