Em Mato Grosso do Sul, o número de presos no sistema penitenciário tem aumento de 30,8% conforme dados divulgados no Anuário Brasileiro de Segurança Pública. O número passou de 15.011 em 2018 para 20.787 em 2021.

O documento é realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) e tem o objetivo de contribuir para os debates em torno das políticas de segurança pública em anos eleitorais.

A taxa de pessoas privadas de liberdade a cada 100 mil habitantes passou de 566,9 em 2018, para 741,7 em 2021, e isso colocou o Estado em terceiro lugar em 2019 e 2020, entre os Estados com maior taxa de encarceramento do país, superando as médias nacionais que foram de 359,4 em 2019 e 358,7 em 2020.

Ao mesmo tempo que o número de vagas cresceu 26,6%, o déficit dessas vagas também cresceu 57%.

Os dados revelaram também uma variação negativa em relação às mortes violentas intencionais, pois as taxas por 100 mil habitantes passaram de 21,5 em 2018 e 20,7 em 2021. De forma mais clara, foram 590 mortes em 2018 e 589 em 2021.

De acordo com o Anuário, esses números não configuram uma tendência geral de redução de mortes violentas intencionais e é preciso identificar os públicos mais vulneráveis no Estado.

TAXAS DE MORTES DE MULHERES E INDÍGENAS

Mato Grosso do Sul tem a primeira maior taxa de homicídio feminino, com 537 mortes de mulheres registradas em 2018 e 2021.

Em relação aos feminicídios, o Estado tem a segunda maior taxa, pois do total de mortes, 27,9% foram classificadas como crime de gênero. Também houve aumento de registros das chamadas em decorrência de violência doméstica, com 161,1%, as medidas protetivas de urgência distribuídas houve aumento de 26,4%.

Em relação aos indígenas, em um Estado que conta com a segunda maior população do país, a taxa de mortes em 2019 foi de 44,8 a cada 100 mil habitantes, isso é superior à taxa de homicídios que foi de 17,7 a cada 100 mil habitantes.

 

FONTE: CORREIO DO ESTADO