Polícia Federal aprofunda, nesta quinta-feira (25), as investigações da Operação Contritio Fiduciae, dando andamento à 2ª fase. O objetivo, agora, é aprofundar as investigações em face de dois indivíduos identificados, até então, como os maiores beneficiários das fraudes de recursos de auxílio emergencial.
A operação faz alusão, desde a 1º fase, à quebra de confiança da principal investigada, por usar senha de funcionário para invasão da área restrita da Caixa Econômica Federal (CEF).
Com o acesso, a investigada podia efetuar a modificação de dados para a realização das fraudes.
Segundo informações da Polícia Federal, estão sendo cumpridos dois mandados de busca e apreensão em Nova Andradina, interior do Estado.
Além dos mandados de busca e apreensão, a Justiça Federal, em Dourados, autorizou o bloqueio patrimonial de bens e valores até o limite de R$ 1 milhão.
Crimes
Conforme o andamento da investigação, constatou-se que o esquema criminoso proporcionou a geração de dezenas de benefícios fraudulentos, que foram revertidos em favor da funcionária terceirizada da Caixa e de terceiros.
Dentre eles, dois indivíduos foram o foco das buscas realizadas na data de hoje.
Ainda segundo a investigação, estima-se que o crime resultou em grandes prejuízos à União Federal, mas o montante total ainda continua sob apuração.
A conduta investigada pode importar nos crimes de peculato, modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações, estelionato e associação criminosa (art. 312, § 1, art. 171, § 3º e art. 313-B, art. 288 do Código Penal).
Saiba
Na 1ª fase da operação, iniciada em junho deste ano, a justiça determinou o sequestro de R$1 milhão, recolhido no inquérito da Polícia Federal que investigou um mandado de busca e apreensão contra a funcionária da Caixa Econômica Federal em Ivinhema.
À época, a funcionária começou a ser investigada por dezenas de inserções e alterações em benefícios do auxílio emergencial por meio do sistema informatizado de informações do banco.
Conforme a polícia, as verbas públicas destinadas ao repasse do auxílio emergencial eram desviadas por ela para contas de terceiros.
A PF relatou, ainda, que a investigada não reside em Ivinhema, e que prestou serviços a Caixa Econômica Federal em outro município do estado.
Sobretudo, desde a 1ª fase, a Caixa alega estar atuando conjuntamente com a Polícia Federal e demais órgãos de segurança pública na identificação e investigação de casos suspeitos e na prevenção e combate a fraudes e golpes.
O banco também esclareceu que informações sobre eventos criminosos em suas unidades são repassadas exclusivamente às autoridades policiais, cooperando integralmente com as investigações dos órgãos competentes.
FONTE: CORREIO DO ESTADO