Em julgamento que está sendo realizado nesta quinta-feira (15), Hugleice de Souza, acusado de ocultar o cadáver de Marielly Barbosa Rodrigues, de 19 anos, que morreu durante um aborto malsucedido, há 11 anos, em Sidrolândia, negou ter engravidado ou ter mantido um relacionamento amoroso com a vítima.

Durante sua fala no Tribunal do Júri, o réu ainda confirmou que o procedimento foi realizado com o consentimento de Marielly, que inclusive ela o teria procurado para falar sobre a gravidez e pedir ajuda para interrompê-la.

De acordo com o acusado, o suposto genitor seria o sobrinho de um ex-patrão de Marielly, que à época trabalhava em um escritório de advocacia em Campo Grande.

Questionado sobre o porquê ele ocultou o cadáver da vítima, que foi encontrado apenas 20 dias depois da morte em um canavial em Sidrolândia, Hugleice afirmou que tomou essa decisão por não saber o que fazer e “tinha perdido a direção, o rumo das coisas”.

O acusado ainda reforçou a participação do enfermeiro Jodimar Ximenes Gomes, afirmando que ele teria pagado cerca de R$ 500,00 para que o profissional realizasse o procedimento, embora Gomes tenha negado participação.

A versão de que Marielly teria engravidado desse possível namorado, foi derrubada pela Promotoria, que afirma que os exames encontrados na época do crime a polícia encontrou exames que indicavam que a vítima estava gestante desde fevereiro.

Porém, de acordo com depoimento de outras testemunhas, Marielly teria falado do relacionamento com o sobrinho do ex-patrão apenas em maio. Ou seja, ela já estava grávida de aproximadamente três meses quando conheceu esta pessoa.

Por fim, a promotoria afirmou que o réu estava mentindo ao negar a paternidade do filho de Marielly.

 

FONTE: CORREIO DO ESTADO