Ex-servidor comissionado da Prefeitura de Campo Grande, Victor Hugo Ribeiro Nogueira, 36 anos, se tornou réu pelos crimes de corrupção ativa de testemunhas, coação no curso do processo e favorecimento à prostituição.

A ação penal foi movida pelo Ministério Público (MP), e, por decisão da Juíza da 3º Vara Criminal de Campo Grande, recebida nesta quinta-feira (22). O caso é tratado em segredo de Justiça e conduzido pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) da Capital.

A investigação de Victor Hugo tem conexão com a apuração dos supostos crimes de estupro, assédio sexual e também exploração sexual que teriam ocorrido na Prefeitura de Campo Grande.

Entenda

Victor Hugo foi servidor da Prefeitura de Campo Grande entre março de 2017 e julho de 2021. Segundo informações, ele deixou o cargo a pedido.

Conforme apurado e noticiado anteriormente pelo Correio do Estado, em janeiro do ano passado ele chegou a ficar lotado no gabinete do então prefeito, Marquinhos Trad, e recebia um salário líquido de R$ 5.784,63 pela jornada.

Em 31 de agosto deste ano, o ex-comissionado foi preso em cumprimento de mandados de busca e apreensão em dois imóveis de Campo Grande. Na data, a Polícia Civil não se pronunciou.

O Correio do Estado apurou que em um dos endereços funcionava um local dedicado à prostituição, onde mulheres se encontravam com clientes denominados “vips”.

Além disso, Victor Hugo também aparece como dono de um site para agenciamento de garotas de programa, com os domínios Class Vip BR e Class Vip. Nos sites, há publicidade de sua tabacaria, a King 67 House.

Victor Hugo já foi acusado de furto e estelionato em outras ocasiões.

Suspeita

As suspeitas que implicam Victor Hugo são de ameaças que ele teria feito a mulheres que denunciaram casos de assédio sexual.

Há conversas de WhatsApp de números que supostamente seriam do suspeito. E nelas, havia tentativa de direcionar alguns depoimentos de garotas em uma investigação em curso na Deam.

O elemento que levou a juíza da 3ª Vara Criminal de Campo Grande, May Melke Amaral Penteado Siravegna, a pedir a prisão foi a coação das testemunhas e, possivelmente, das supostas vítimas.

 

FONTE: CORREIO DO ESTADO