Na execução do pastor ligado ao narcotráfico quando chegava para culto na sua própria igreja em Pedro Juan Caballero, na fronteira com Ponta Porã, pistoleiros usaram munições que já tinham sido apreendidas pela polícia em crimes anteriores. As balas usadas no assassinato estavam guardadas por órgão ligado ao exército paraguaio.

As investigações da Polícia Nacional revelam que cada vez mais tem sido frequente a utilização de armas e munições já catalogadas pela Dimabel (Diretoria de Materiais de Guerra). Algumas delas pertenciam ao próprio exército, mas foram encontradas nas mãos de organizações criminosas.

Além do vínculo com crimes de pistolagem, como na chacina de outubro do ano passado, como foi denunciado pelo ex-governador do Departamento de Amambay, Ronald Acevedo, pai de uma das vítimas, o material de uso restrito das forças armadas paraguaias também está relacionado a assaltos a bancos e carros blindados.

No último dia 14 de setembro, por exemplo, um grupo criminoso usou explosivos para explodir parte de uma agência bancária no distrito de Pirapó, no Departamento de Itapúa, segundo informações do ABC Color. Após este ataque, foram realizadas incursões em San Pedro del Paraná, durante as quais foram encontrados novamente cartuchos de calibre 5,56.

Durante as investigações do assassinato do pastor Wilfrido Arce Cáceres, a Polícia Nacional e o Ministério Público realizaram uma série de batidas na capital departamental de Amambay. Em uma das casas invadidas pelos agentes, foram apreendidas 104 balas de metralhadoras. Desse total, 27 possuem as inscrições da Dimabel.

 

FONTE: MIDIAMAX