Mulher que agrediu candidato a deputado afirma ter sido agredida por ele - Reprodução
Após ter esfaqueado o candidato a deputado federal pelo Republicanos, Saulo Batista da Silva,, Daisa Garcia, foi à Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (Deam) para prestar queixa contra Saulo por ele a ter agredido física e emocionalmente durante a discussão que acabou em vias de fato.
Em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira (26), a advogada de Daisa, Kalanit Arruda, afirmou que sua cliente vivia um relacionamento extraconjugal e conturbado com o político.
A relação durou cerca de dois anos e foi marcada por idas e vindas do casal e, inclusive, ela já havia registrado boletim de ocorrência por agressão em uma outra oportunidade.
“Daisa relatou que ele é violento e já agrediu física e emocionalmente muitas vezes. Na noite de ontem eles tiveram uma discussão na qual ele chegou a agredi-la fisicamente”m relatou.
A advogada ainda acrescentou que ele afirmou que teria compromissos políticos em Ponta Porã nesta segunda-feira. Dessa forma, Daisa teria aproveitado para ir ao flat do candidato para retirar seus pertences do local sem precisar se encontrar com ele, já que o relacionamento foi rompido ontem.
“Como o flat estava vazio, ela foi lá para pegar seus pertences, mas o surpreendeu com outra mulher no local. Ele a colocou contra a parede e a mandou embora, a segurando de forma agressiva”, relata a advogada sobre o ocorrido da manhã de hoje.
Kalanit ainda afirma que essa terceira pessoa que estava no flat entrou na discussão e acabaram nas vias de fato, momento em que Daisa pegou uma faca de serra que estava ao seu alcance e desferiu golpes em Saulo.
A advogada acrescentou que a mulher apenas golpeou o candidato para se defender das agressões.
Um boletim de ocorrência foi aberto contra ele na Deam, que seguirá investigando o caso.
Por sua vez, o advogado de Saulo, Abadio Rezende, afirmou que o candidato do Republicanos, afirmou que também foi aberto um boletim de ocorrência contra Daisa por lesão corporal, mas que o Ministério Público deve decidir a tipificação penal.
“Eles estavam juntos há aproximadamente dois anos e tinham rompido o relacionamento, mas ela não aceitava o fim”, pontuou.
Rezende ainda acrescentou que Saulo deve passar por exame de corpo de delito nesta terça-feira (27) pela manhã.
O advogado ainda esclareceu que o político não fugiu da Santa Casa, mas sim, saiu porque teve alta médica.
Em relação à medida protetiva e os casos de agressão, o advogado nega as acusações de Daisa.
“Essa medida protetiva é desconhecida. Ela disse que tem, mas ninguém sabe onde está. Como ela tem medida protetiva se estava com ele?”, concluiu.
FONTE: CORREIO DO ESTADO
