Um motorista da Prefeitura de Corumbá foi detido com R$ 10 mil pela Polícia Rodoviária Federal após denúncia de suposto transporte de dinheiro para ser utiizado em compra de votos. A abordagem ocorreu nesta quarta-feira (28) à tarde e o caso acabou ficando público nesta quinta-feira (29).
O servidor municipal, que tem 10 anos de carreira, voltava de Campo Grande com veículo da Secretaria Municipal de Saúde. Ele havia feito a viagem para trazer para a unidade do Hemosul bolsas com paquetas e levou para o Lacen, na Capital, coletas de sangue para análise.
O dinheiro em espécie estava guardado no bolso do servidor público. Quando o carro foi parado pelos policiais rodoviários federais, o condutor, que estava sozinho, recebeu a informação que as autoridades tinham recebido a denúncia sobre o transporte de dinheiro para suposto uso irregular.
O motorista reconheceu que estava com o dinheiro e o entregou aos PRFs. Ele declarou que havia pego a quantia com uma irmã e pretendia usar metade para pagamento de uma compra de casa no bairro Cristo Redentor e o restante seria usado para compra de materiais de construção. Por conta da denúncia e a falta de comprovantes que indicassem a origem das notas, o material foi apreendido. O celular do motorista também foi confiscado para passar por perícia.
O Ministério Público Federal deve analisar a questão e encaminhar a investigação para a Justiça. Em casos envolvendo o direito eleitoral, a Polícia Federal é quem conduz inquérito de investigação também.
A Prefeitura de Corumbá divulgou nota oficial que abriu processo administrativo para apurar a conduta do servidor. O prefeito Marcelo Iunes (PSDB); o procurador-geral do Município, Alcido Cardoso do Valle Júnior; e a secretária municipal de saúde, Beatriz Assad, tiveram uma reunião para tratar do assunto.
“A comissão sindicante poderá até mesmo determinar a suspensão do motorista até a conclusão da apuração, observado o direito do funcionário de ampla defesa. O prefeito Marcelo Iunes reiterou seu compromisso e seu respeito com a Democracia e reafirmou que não compactua e não apoia qualquer ação ilegal”, informou o comunicado.
De acordo com a prefeitura, o servidor reportou-se para a chefia no setor de saúde e justificou que o uso do dinheiro era para benefício próprio e que havia recebido a quantia da irmã. “O valor, o comprovante e o celular do servidor foram retidos pelos policiais e o condutor liberado. O motorista pertence ao quadro efetivo da Prefeitura há 10 anos e nunca respondeu por nenhum processo administrativo”, apontou nota do governo municipal de Corumbá.
Neste dia 2 de outubro haverá eleições para definir governador, senador, deputados federal e estadual, além de presidente.
FONTE: CORREIO DO ESTADO