Equipes da Polícia Civil começaram a ouvir testemunhas do acidente que resultou na morte da médica recém-formada Anne Carolline Né Barros, de 25 anos, na manhã do último domingo (16), na Avenida Afonso Pena em Campo Grande. Segundo as investigações, o jovem pode responder pelo crime de homicídio culposo.

Conforme informações da Polícia Civil, até o momento não há nenhum pedido de prisão contra o rapaz, apesar de ele ter se recusado a realizar o teste de bafômetro. No veículo, foram encontrados uma garrafa de uísque vazia, uma lata de energético e um copo de metal rosa.

Segundo a investigação, o caso evoluiu de ‘praticar lesão corporal culposa’ para ‘praticar homicídio culposo’ na direção de veículo automotor. Ainda de acordo com a polícia, testemunhas estão sendo ouvidas nesta fase inicial da investigação.

De acordo com o boletim de ocorrência, a mãe da jovem relatou aos policiais que Anne e o rapaz eram amigos e ambos voltavam de uma festa.

Acidente  

No último domingo (16), por volta das 6h, o condutor perdeu o controle da direção enquanto subia a Avenida Afonso Pena, no sentido do Aeroporto Internacional de Campo Grande. Em determinado ponto da avenida, o motorista perdeu o controle do Corsa Classic e colidiu violentamente com um poste de energia elétrica.

urante o atendimento médico, o rapaz recusou por duas vezes realizar o teste de bafômetro oferecido pelo Batalhão de Trânsito da Polícia Militar.

Gravemente ferida e com múltiplas fraturas pelo corpo, Anne Carolline foi entubada no local e encaminhada pelo Corpo de Bombeiros para a Santa Casa de Campo Grande, com traumatismo cranioencefálico

No dia 18, familiares de Anne Carolline informaram que a jovem teve morte encefálica e autorizaram a doação do coração, pulmão, pâncreas, fígado, rins e córneas da jovem

Motorista já se envolveu em outro acidente 

O condutor de 27 anos se envolveu em outro acidente em 10 de julho de 2022, na rua Clevelândia, no bairro Aero Rancho, em Campo Grande.

De acordo com a polícia, o rapaz conduzia um veículo Gol quando não respeitou o fluxo do trânsito e atingiu uma motocicleta Honda Fan. Conforme informações do boletim de ocorrência, a vítima, uma passageira, era farmacêutica e entrou com um processo contra o rapaz por danos morais e estéticos, devido às lesões na perna esquerda.

Conforme a ação protocolada em que o Correio do Estado teve acesso, consta que o acidente ocasionou invalidez da parte autora, sofrendo laceração do joelho esquerdo e exposição e contusão do cotovelo esquerdo”.

De acordo com o boletim de ocorrência, realizado pelo depoimento do rapaz, disse que estava na Rua Clevelândia, em sentido contrário da moto, sendo atingido no lado do motorista do carro.

Porém, conforme informações da equipe da BPTRan (Batalhão de Policiamento de Trânsito), a motociclista estava na Rua Clevelândia, quando foi atingido pelo condutor, que invadiu a sua preferencial, vindo da Travessa Paraopeba

Por causa da ação, a Justiça pede que a indenização seja calculada por danos morais e físicos em valor não inferior a  100 salários mínimos, ou seja, de R$141,2 mil e verba distinta para danos estéticos, que não seja inferior a 50 salários de R$70,6 mil.

A Justiça ainda pede pensionamento vitalício, com base na expectativa de vida da vítima, com base na idade de 76 anos, e também com base no salário de farmacêutico de R$1.760,00.

Sumiço 

Desde de 2022, o jovem é procurado para iniciar o pagamento do processo, que corre na 4a Vara Cível Residual. De acordo com o juiz Juliano Rodrigues Valentim, pediu para ambas as partes entrarem em acordo, em conversa agendada para 8 de março de 2023.

Mas, o acusado por conta do processo, não compareceu na audiência, sendo reagendada para o dia 15 de maio. Uma nova data foi remarcada, mas o rapaz não compareceu à Justiça.

A ação continua em  tramitação, já que a Justiça tenta localizar o acusado em diversos endereços fornecidos, como locais de trabalho, sendo que nenhum deles conseguiram localizá-lo.

 

FONTE: CORREIO DO ESTADO