Claudirene Batista foi presa pelo crime em fevereiro do ano passado (Foto: Divulgação Polícia Civil)

Os desembargadores da 2ª Câmara Criminal negaram recurso e determinaram que Claudirene Batista Barbosa Monteiro, suspeita de encomendar a morte de Laís Cristina Costa da Silva, vá a júri popular. O crime aconteceu em fevereiro do ano passado na cidade de Bataguassu – a 335 quilômetros de Campo Grande.

Segundo o TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) a mulher cometeu o crime com ajuda do filho de 17 anos. Ela possuía um relacionamento extraconjugal com a vítima, e por ciúmes teria feito várias ameaças e até esfaqueado Laís durante uma discussão.

Conforme as investigações, ao perceber que mesmo com as ameaças a mulher de 27 anos estava disposta a terminar o relacionamento, Claudirene decidiu matar Laís. Foi o filho da suspeita, na época com 17 anos, que matou a facadas, esquartejou e ateou fogo no corpo da vítima, tudo a mando da mãe.

No recurso, a defesa pediu pela impronúncia da acusada, sustentando a inexistência de provas de que ela teria mandado o filho matar a vítima. Ainda foi requerido o afastamento das qualificadoras do motivo torpe, meio cruel e do recurso que dificultou a defesa da vítima “por não terem nitidamente restado configuradas”.

Na decisão, o relator do processo, desembargador Luiz Gonzaga Mendes Marques, ressaltou que a materialidade da participação de Claudirene fica clara durante as investigações, onde a denunciada afirmou que emprestou uma faca para o filho usar no homicídio e ainda comprou a gasolina para atear fogo no corpo da vítima.

Por fim, o desembargador ainda decretou que a suspeita seja julgada no Tribunal do Júri por todos os crime: corrupção de menor, homicídio com os agravantes de motivo torpe, utilização de meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e ainda por ocultação de cadáver.