Ainda que Campo Grande tenha derrubado a obrigatoriedade do uso de máscaras – conforme decreto publicado hoje (26) no Diário Oficial do Município -, o médico infectologista pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), dr. Julio Croda, lembra a utilidade do item, não só contra Covid-19.
“Nos ambientes de saúde acredito que seria prudente manter, principalmente porque está associado a redução de transmissão hospitalar de covid e outros virus respiratorias”, afirma.
Professor da UFMS e da Yale School of Public Health, e Presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, ele aponta que, em países que já apresentam outras comorbidades, esses vírus respiratórios trazem impacto, e é que preciso tirar uma lição desse período.
“Ou seja, seria interessante manter esse habito como legado da pandemia. Manutenção das mascaras nos serviços de saúde”, completa Julio Croda.
Como apontou o Correio do Estado, os ônbius e em unidades de saúde eram os dois locais onde o uso da máscara, contra a Covid-19 e outros vírus, permanecia obrigatório na Capital.
Ainda que Campo Grande registre, desde o início da pandemia, a marca de 4.576 óbitos por Covid-19 – segundo dados do Monitor de Apoio às Informações em Saúde (MAIS) -, o próprio infectologista defende que, essa segunda metade de 2022 se caracteriza como um momento seguro.
“Temos somente 9 pessoas internadas na UTI, e queda de casos ativos. É o momento de retirar as mascaras no geral”, complementa o infectologista.
Para liberação, a Prefeitura considerou o pedido feito pelo Consórcio Guaicurus, ainda em 18 de agosto, mas também a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que liberou o uso de máscaras em aeroportos e aviões na semana passada.
Assim como, foi levada em consideração a cobertura vacinal que, no dia 21 de agosto, chegou a 84,86% da população total com a primeira dose; 79,42% da população com duas doses ou dose única e 40,71% da população com 18 anos ou mais com dose de reforço.
FONTE: CORREIO DO ESTADO