As vítimas têm idades entre 3 e 94 anos. Os anos com maior número de óbitos são 2020 (42), 2023 (27), 2022 (24), 2016 (18), 2015 (15), 2021 (14), 2018 (4), 2014 (4) e 2017 (3).
CASOS
Números do Boletim Epidemiológico apontam que 27.872 pessoas foram diagnosticadas com dengue, entre 1º de janeiro e 30 de maio de 2023, no Estado. Em 2022, foram 21.328 casos.
Com isso, os diagnósticos positivos em 2023 superam os anos de 2022 e 2021 juntos.
Mato Grosso do Sul é o estado do Brasil com maior incidência de dengue. Dos 79 municípios, 72 estão com alta incidência da doença (casos confirmados/população x 100 mil hab).
Os municípios com maior incidência são Brasilândia (12.292,2), Antônio João (11.674,1), Alcinópolis (6.535,0), Ivinhema (6.508,3), Itaporã (6.271,4), entre outros. Mulheres (52,4%) são mais diagnosticadas com a doença do que homens (47,6%).
Em entrevista exclusiva ao Correio do Estado, a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Saúde (SES) afirmou que houve redução no número de casos prováveis nas últimas semanas, mas a situação ainda é preocupante.
“Não devemos parar de nos preocupar com a doença que está em circulação. Como é uma área endêmica, devemos nos preocupar com o aumento de casos, pois temos a potencialidade de períodos epidêmicos”, disse.
Questionada pela reportagem qual doença é mais alarmante no momento, Covid-19, Influenza ou dengue, a SES afirmou que todas precisam de cuidados e conscientização da população, tanto para completar o esquema vacinal, quanto para manter os quintais de casa limpos.
“A SES/MS ainda esclarece que o êxito das ações só se concretizará com a conscientização da população, agente fundamental, para a redução de todos os agravos. A SES/MS recomenda que população complete seu esquema vacinal tanta da Covid-19 como da Influenza e mantenha seus quintais limpos e evite a alto medicação em casos de dengue, a hidratação se faz necessária em caso de confirmação da doença”, afirmou, por meio de nota enviada ao Correio do Estado.
Para reduzir e frear a dengue, a secretaria ressaltou que o Ministério da Saúde encaminhou ao Estado inseticida que auxiliará no manejo epidemiológico das arboviroses.
DENGUE
A dengue é uma arbovirose comum no Brasil e é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes Aegypti.
O período do ano com maior transmissão da doença é o verão: meses de dezembro, janeiro, fevereiro e março. Isto ocorre porque esta época chove muito, e, o acúmulo de água parada contribui para a proliferação do mosquito e, consequentemente, maior disseminação da doença.
O mosquito Aedes Aegypti também transmite outras doenças como dengue, zika, chikungunya e febre amarela.
A enfermeira Nivea Lorena explicou ao Correio do Estado que os sintomas da dengue são dor de cabeça, dor nos ossos, dor atrás dos olhos, dor de cabeça, vômito, febre, mal-estar e falta de apetite. Em alguns casos, a doença pode evoluir para casos mais graves ou não.
O tratamento da dengue é sintomático, ou seja, feito para aliviar os sintomas. A hidratação é fundamental durante o tratamento. Os medicamentos recomendados, em caso de dor, são paracetamol ou dipirona.
PREVENÇÃO
Existem formas de prevenir e combater a proliferação do mosquito Aedes Aegypti. Confira:
- Evitar deixar água parada em vasos de plantas;
- Manter caixas d’água bem fechadas;
- Eliminar acúmulo de água sobre a laje;
- Manter garrafas e latas tampadas;
- Fazer manutenção em piscinas;
- Manter pneus ou outros objetos que possam acumular água em locais cobertos;
- Tampar ralos;
- Usar repelentes;
- Fumacê;
- Método Wolbachia.