O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB) promove nesta segunda-feira o evento que deve ser o mais abrangente de sua gestão. A expectativa é que ele conte, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo, com representantes dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul, sendo que só de prefeitos, pelo menos 75 haviam confirmado presença até o fim da semana passada.

Os investimentos, entre os já executados, os que estão execução, e os que estão programados, somam nada menos que R$ 3,96 bilhões.

O nome do programa que será lançado é “Municipalismo Ativo”, e mantém uma característica de seu antecessor e correligionário do PSDB, Reinaldo Azambuja, de tentar aproximar a máquina estadual das prefeituras.

Nos bastidores, há quem diga que ele serve como uma resposta à maneira Eduardo Riedel às críticas de que ele se preocupa muito com gestão, mas menos com a política.

“Serão pelo menos 75 prefeitos. Três justificaram para nós que estariam viajando, mas quem sabe poderemos contar com mais ainda”, disse o governador Eduardo Riedel ontem à tarde, durante o jogo Operário x Dourados, no Estádio das Moreninhas, em Campo Grande.

Reuniões

Para lançar este programa, desde o início deste ano, Eduardo Riedel recebeu em seu gabinete, nada menos que 300 pessoas entre vereadores e deputados federais e estaduais.

Quando se trata de prefeitos, secretários, e demais lideranças municipais, o governador de Mato Grosso do Sul recepcionou nada menos que 100 pessoas no período.

Foram apresentados neste mesmo período, pelo menos 200 prejetos para apreciação, que passaram por uma filtragem pela equipe do governador, e agora integrarão o programa Municipalismo Ativo, que também chamado de Municipalismo 2.0.

Esta nova de municipalismo consiste na entrega de contrapartida por parte dos gestores municipais, e na ampliação da área de atuação, quando comparado com o primeiro programa, lançado ainda na gestão de Azambuja, quando Riedel era secretário de Governo e – mais tarde – de Infraestrutura.

Agora, além das obras, o Estado também contribui para a melhoria de indicadores de saúde e indicação, com incremento em serviços prestados e na estrutura destes segmentos. As obras públicas, claro, continuam sendo uma parte importante do programa.

A contrapartida dos municípios não é financeira em seu todo. Ela é muito mais no que se refere a indicadores.

Os prefeitos terão de provar ao governo de Mato Grosso do Sul que, de fato, com as obras, os índices de educação, de saúde e de emprego e renda, estão melhorando em seus municípios. O Estado, por sua vez, conta com os parâmetros para fiscalizar estes números.

O evento que está programado para esta segunda-feira está marcado para as 16h30min, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo, no Parque dos Poderes.

Números

Os números do programa são expressivos. No segmento de infraestrutura, já foram executados R$ 708 milhões em obras na gestão Eduardo Riedel, e existem mais R$ 1,5 bilhão em execução nos 79 municípios.

Há ainda R$ 223 milhões em fase de contratação e outros R$ 941 milhões de investimentos estruturais em análise.

As outras áreas demandam cifras menores, mas não menos importantes. Na educação, por exemplo, o investimento anual de R$ 10,6 milhões abrange escolas estaduais e também as municipais, fora os diversos programas já realizados pela Secretaria de Estado de Educação.

Na área de saúde, são R$ 6,4 milhões previstos para 2024 e 2025 para implementação e manutenção de ações no campo da saúde digital, e R$ 563 milhões para a atenção primária. Por fim, a assistência social contará com R$ 9 milhões.

Capital e Dourados

Parte significativa dos investimentos ocorrerão em Campo Grande e em Dourados, municípios que, juntos, representam quase a metade da população do Estado.

Na Capital, entre as obras previstas estão a revistação da Avenida dos Cafezais e pavimentação e drenagem do novo acesso às Moreninhas. Também há o pagamento de contrapartidas para a liberação de obras federais na área de habitação e urbanismo, por exemplo.

 

FONTE: CORREIO DO ESTADO