O Brasil registrou 3.000 mortes confirmadas por dengue em 2024, segundo dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde, divulgados nesta sexta-feira (24). Outros 2.666 óbitos estão sob investigação, podendo elevar ainda mais o total.

O país também enfrenta um número alarmante de casos prováveis da doença, que já alcançam 5.213.564. São Paulo lidera com 805 mortes, seguido por Minas Gerais com 519 e Paraná com 367. Estes estados também registram os maiores números de casos graves: São Paulo (13.738), Minas Gerais (9.690) e Paraná (8.779). Acre e Roraima são os únicos estados sem registros de dengue até o momento.

As regiões Sudeste concentram 50,3% das mortes, seguidas pelo Sul (24,8%), Centro-Oeste e Distrito Federal (20%), Nordeste (4,2%) e Norte (0,7%). O número de óbitos em 2024 é 2,5 vezes superior ao de 2023, quando foram contabilizadas 1.179 mortes.

Proporcionalmente à população, o Distrito Federal apresenta a maior taxa de casos por 100 mil habitantes (9.078), seguido por Minas Gerais (7.115) e Paraná (4.780). Em São Paulo, a taxa é de 3.245 casos por 100 mil habitantes. Estes são os maiores números registrados pelo Ministério da Saúde nos últimos 24 anos.

Fatores Contribuintes e Medidas de Prevenção

Especialistas apontam que a alta incidência de dengue está relacionada à emergência climática, que elevou as temperaturas e favoreceu a proliferação dos mosquitos. A ineficiência dos serviços públicos de saúde também contribuiu para a superlotação dos postos de atendimento.

Epidemiologistas alertam que o período de maior risco ainda não terminou. É essencial manter as medidas de prevenção, como eliminar criadouros de mosquitos em recipientes com água parada, incluindo vasos de plantas, garrafas e pneus. Além disso, recomendam tampar caixas d’água, limpar frequentemente os bebedouros de animais de estimação e vedar ralos e pias.

A orientação é procurar atendimento médico imediato aos primeiros sintomas de dengue, que incluem febre alta, dores no corpo e manchas vermelhas na pele, para evitar complicações graves.

Sequelas da Dengue

A dengue pode deixar sequelas além dos sintomas clássicos como febre, dores no corpo e nas articulações.

Os sintomas incluem febre alta, dor de cabeça, dores musculares, dores nas articulações, dor atrás dos olhos, náuseas e manchas no corpo. Muitas pessoas não apresentam sintomas intensos, complicações ou sequelas após contrair dengue. No entanto, o cansaço e o mal-estar são comuns devido ao desgaste do organismo e à demanda energética para combater a doença.

Ao contrário da “Covid longa”, a dengue não tende a prolongar seus efeitos por muito tempo. O risco de complicações é maior em casos de reinfecção, onde a resposta inflamatória pode ser mais severa.

Para combater a dengue, é crucial a participação ativa da população na eliminação de focos do mosquito e na busca de atendimento médico ao surgirem os primeiros sintomas.

 

FONTE: CORREIO DO ESTADO