Por cerca de dois meses as crianças aproveitam as férias escolares, ficando mais tempo em casa e, consequentemente, mais próximos dos aparelhos eletrônicos como tablets e celulares. Entretanto, esses pais precisam estar atentos e priorizar as brincadeiras ao ar livre.

“Brincadeiras são extremamente importantes para o desenvolvimento pleno das crianças, pois estimulam a criatividade e imaginação, enriquecem o aprendizado e trabalham as habilidades de expressão, investigação e trabalho em equipe”, comenta a psicóloga da Unimed Campo Grande, Simone Rodrigues de Melo.

Vale ressaltar que, a própria Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) estabelece limites de tempo que os pequenos podem passar no aparelhos, separados por faixa etária. Confira:

  • Menores de 2 anos: Nenhum contato com videogames ou telas;
  • 2 a 5: Até 1h por dia
  • 6 a 10: Entre 1h e 2h diárias
  • 11 a 18: Entre duas e três horas por dia

Também, através das brincadeiras as crianças são familiarizadas à uma série de emoções, cotidianas na vida adulta, como a frustração, satisfação, alegria e interesse, como explica Simone Rodrigues.

Ela cita ainda que, brincando, as crianças desenvolvem autonomia; responsabilidade; cooperação e empatia, para com os familiares e demais crianças da roda de convivência.

“Brincando, a criança aprende a se expressar, compartilhar e interagir. Além dos benefícios para a saúde física, as brincadeiras são fundamentais para a saúde mental delas, pois estimulam a capacidade de pensar e lidar com suas emoções, auxiliando na constituição da sua personalidade”, frisa ainda a psicóloga.

Atenção à brincadeira

Há uma série de brincadeiras que podem ser exploradas ao ar livre com pequenos, como pega-pega, esconde-esconde, caça ao tesouro, teatro de fantoches, massinha de modelar, mímica e cabana, além da brincadeira com bola.

Entretanto, é preciso estar atento para os acidentes domésticos, que aumentam cerca de 25% durante o perído de recessos escolares.

Como muito desses acidentes acontecem dentro de casa, alguns pais, às vezes, caem no erro por conta da atitude que tomam para remediar acidentes domésticos.

Veja 8 medidas comuns ao imaginário popular, que devem ser evitadas em acidentes domésticos:

  • Colocar manteiga; pasta de dente ou pó de café em queimaduras. – (Nesse caso, a única medida a se tomar deve ser colocar o local debaixo da água gelada).
  • Mover a criança que sofreu queda. – (Quedas podem fraturar coluna cervical. Criança deve ser acalmada na posição que caiu, até chegada dos bombeiros).
  • Levantar a cabeça com sangramento no nariz. – (Fazer isso pode levar o sangue para as vias aéreas ou estômago, causando sufocamento, náusea e vômito).
  • Não procurar atendimento médico quando houver choque grave. – (Ferimentos desse tipo não devem ser ignorados, pois resultam em problemas graves).
  • Colocar água oxigenada em cortes e feridas. – (Esse item não é recomendado, já que mata bactérias mas também tecidos viáveis).
  • Induzir vômito. – (Qualquer substância, como produtos de limpeza ingeridos, que entram e saem pela garganta pode piorar uma lesão).
  • Tentar levantar criança desmaiada. – (Nesse caso deve-se deitar a criança, com as pernas esticadas, pois aumenta a circulação).
  • Soprar quando algo entrar no olho. – (Fazer isso pode provocar uma lesão de córnea. O correto é lavar com soro fisiológico).

 

FONTE: CORREIO DO ESTADO