
Presos na Operação Nepsis chegam à delegacia da PF em Dourados, em setembro do ano passado (Foto: Adilson Domingos)
Com policiais militares, civis e até PRFs (policiais rodoviários federais) na folha de pagamento, a quadrilha atua na Linha Internacional entre o Paraguai e Mato Grosso do Sul e movimenta milhões de reais com o contrabando de cigarro.
Os cinco integrantes, com funções de gerentes no bando, foram presos com outras 21 pessoas no dia 22 de setembro em ações conjuntas da Polícia Federal com as corregedorias da Polícia Civil, Polícia Militar e PRF.
A Orcrim (organização criminosa) é chefiada por Ângelo Guimarães Ballerini, o Alemão, Valdenir Pereira dos Santos, o “Perna”, Carlos Alexandre Gouveia – os três presos desde setembro – e o ex-policial militar Fábio Costa, o “Pingo”, foragido no Paraguai.
As defesas usaram alegações semelhantes para tentar revogar a prisão preventiva dos cinco gerentes – falta de provas, ausência de motivo para a manutenção da prisão e até alegação de que um deles é agricultor – mas o desembargador negou todos os pedidos.
Os presos – A decisão mantém na cadeia, Cleverton da Cunha Pestana, o “Quequel”, Rogério Rodrigues de Lima, o “Urso”, ou “Panda”, Oziel Vieira de Souza, o “Lupa”, Valdecil da Costa Loyo, o “Javali”, e Aparecido Mendes da Luz Junior, o “Meio Quilo”.
Segundo as investigações, Cleverton era um dos gerentes da quadrilha na região de Paranaíba, responsável pela na supervisão da passagem de caminhão carregado com cigarros contrabandeados.
Rogério Lima, o “Urso”, que já tinha sido denunciado na Operação Marco 334 – desencadeada em 2011 contra a mesma quadrilha – era responsável por pagamentos, controle de distribuição e fretes no âmbito da organização criminosa.
Conforme a decisão do desembargador federal, Urso atuava como contador da Orcrim em instalações no Paraguai. A defesa alegou que ele é primário, trabalha como agricultor em Eldorado.
Fonte: Helio de Freitas, de Dourados – Campo Grande News