Foto: Luciana Nassar

Após publicação de reportagem na edição de ontem do Correio do Estado, mostrando o ritmo lento de trabalho dos deputados estaduais – alguns faltaram em sete das dez sessões da Assembleia Legislativa no mês de fevereiro – alguns parlamentares justificaram suas faltas. Dois conseguiram provar que compareceram em todas as sessões.

O levantamento das ausências foi feito por meio de informações obtidas na Assembleia Legislativa e da permanência da reportagem in loco. Em alguns casos os deputados confirmaram presença, mas não ficaram na sessão.

“É só olhar esse relatório aqui, é que como não estava tendo ordem do dia, eu registrava presença e voltava para o meu gabinete”, justificou o deputado Felipe Orro (PSDB), que aparece com cinco ausênciasm, mas de acordo com ele tem apenas uma.

Também foi o caso do deputado Coronel David (PSL). A reportagem apontou que ele teve uma falta, conforme dados divulgados pelo Diário Oficial da Alems, porém, o parlamentar apresentou Relatório de Presenças por Reunião na qual aponta a frequência do parlamentar nas dez primeiras sessões do ano.

De acordo com o levantamento apresentado pelos parlamentares, diferente do que foi divulgado ontem pela reportagem, o ranking de faltosos teve algumas alterações, de quatro parlamentares, o número subiu para sete que estiveram em todas as dez primeiras sessões do Legislativo.

O petista Cabo Almi, um dos que conseguiu manter a presença integral, declarou que é necessário priorizar os únicos três dias de atividades em plenário. “As sessões devem ser sagradas”, disse o parlamentar.

O deputado do PSDB Rinaldo Modesto, que também não aparece no ranking de faltosos segundo o levantamento que foi entregue pelos deputados David e Orro, mas que foi apontado pela reportagem com uma falta durante as dez sessões, declarou que “cada deputado é responsável pelos seus atos e tem que conciliar sua agenda com os compromissos”.

O deputado estadual Evander Vendramini (PP), de acordo com o relatório interno da Assembleia teve uma falta, mas levantamento da reportagem apontou que ele foi um dos quatro que não teve nenhuma falta. “E eu sou de mais longe (mora em Corumbá). A gente faz um esforço, mas às vezes o deputado tem serviços fora”, disse.

De acordo com o levantamento da Alems, os dois parlamentares que faltaram seis sessões das dez primeiras de 2020 foram: Neno Razuck (PTB) e Jamilson Name (sem partido). A reportagem apontou que Neno estaria em primeiro lugar, com sete faltas e Jamilson em segundo, com seis faltas. Neno chegou a confirmar as ausências e justificou que estava em tratamento médico.

Em segundo lugar, de acordo com o levantamento da Casa de Leis, o deputado João Henrique Catan (PL) é o mais faltoso. E em terceiro lugar, o relatório da Alems apontou Eduardo Rocha com quatro faltas, conforme a reportagem também computou.

No documento da Casa de Leis, o presidente da Assembleia, deputado Paulo Corrêa (PSDB) também entrou no ranking de faltas, com uma ausência computada. A reportagem tentou contato com Corrêa para saber o motivo da falta, mas ele não respondeu até o fechamento desta matéria.

No levantamento do Correio do Estado apenas Cabo Almi, Pedro Kemp (PT), o líder do governo na Casa, deputado Gerson Claro (PP) e seu correligionário Evander Vendramini (PP) foram os únicos que não tiveram nenhuma falta nas dez primeiras sessões de 2020. Porém, o levantamento da Assembleia apontou que apenas os dois petistas e Gerson não tiveram nenhuma falta e incluíram mais quatro no ranking de presentes: Coronel David, Herculano Borges (SD), Márcio Fernandes (MDB) e Rinaldo.

Fonte: Izabela Jornada – Correio do Estado