Após receber a denúncia do Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul, os três acusados de matar a pecuarista Andreia Aquino Flores, no dia 28 de julho, se tornaram réus no processo que investiga o crime. O trio é formado pela até então funcionária da vítima, Lucimara Neves, pela filha desta, Jéssica Neves Antunes e pelo cunhado de Lucimara, Pedro Benhur Ciardulo.
Conforme já noticiado pelo Correio do Estado, no dia 8 deste mês, a polícia, por meio da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), deu o inquérito sobre a morte como concluído e indiciou os três réus pelo crime de latrocínio.
De acordo com o processo, a tipificação se manteve na denúncia e os réus serão julgados por latrocínio consumado, ou seja, roubo seguido de morte. Pelas investigações policiais, Andreia foi morta por Pedro Benhur, que a estrangulou em sua casa dentro de um condomínio no bairro Carandá Bosque.
À época das investigações, o delegado adjunto da Derf, Francis Flávio, o crime foi orquestrado por Lucimara, que era funcionária de Andreia. Para poder dar andamento no plano, ela agenciou sua filha Jéssica e seu cunhado Pedro Benhur.
A investigação ainda apontou que a morte foi premeditada e planejada no dia anterior à execução. Para isso, inclusive, Lucimara havia levado o cachorro da vítima a um pet shop para facilitar o andamento do crime.
Para ameaçar a vítima e roubá-la, o trio usou um simulacro de arma de fogo e uma faca. A intenção era forçar Andreia a fazer uma transferência bancária de R$ 50 mil para conta de Jéssica, que sacaria o valor.
A fim de não levantar suspeitas, por sua vez, Jéssica simularia um assalto, como se ela também estivesse sendo obrigada a sacar essa quantia em dinheiro. O dinheiro seria dividido entre os três acusados, sendo que Lucimara ficaria com R$30.000,00 e os outros dois com R$10.000,00 cada.
Andreia reagiu ao assalto e foi morta por Pedro, asfixiada. O criminoso roubou objetos eletrônicos avaliados em R$15.500, sendo um MacBook, dois celulares da Apple e uma caixa de som da JBL, que foram recuperados pela polícia.
FONTE: CORREIO DO ESTADO