O anúncio feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o crescimento 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) – no segundo semestre deste ano – animou a perspectiva do economista Michel Constantino.
Para ele, o futuro próximo da economia brasileira é animador, sobretudo depois da comprovação dos ajustes sazonais divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira (1).
O crescimento trimestral de 1,2% se deu em comparação ao trimestre anterior.
Segundo o IBGE, frente ao segundo trimestre de 2021, o PIB cresceu 3,2%.
Já no acumulado dos quatro trimestres terminados em junho de 2022, o PIB cresceu 2,6%, comparado aos quatro trimestres imediatamente anteriores.
No ano, o PIB acumula alta de 2,5%.
Segundo Michel Constantino, esses sinais “numéricos” representam alta e rápida recuperação econômica, que está prevista para ser maior até o final do ano, conforme as previsões dos especialistas.
Em termos de valores, o PIB no segundo trimestre de 2022 totalizou R$ 2,4 trilhões, sendo R$ 2,1 trilhões referentes ao Valor Adicionado (VA) a preços básicos e R$ 332,2 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.
O IBGE também destacou que, no segundo trimestre de 2022, a taxa de investimento foi de 18,7% do PIB, ficando estável diante da que foi observada no mesmo período de 2021, que fechou em 18,6%.
De acordo com Michel Constantino, isso significa que a iniciativa privada continua puxando o PIB pelo lado da oferta, produzindo mais e expandindo investimentos.
Quanto aos setores da economia, cujos crescimentos foram de 2,2% na indústria, 1,3% nos serviços e 0,5% na agropecuária, Michel Constantino revelou que esse ‘desenho’ pode ser aplicado ao Mato Groso do Sul.
“Estamos tendo um papel importante da indústria no PIB, e o setor que mais vem crescendo em Mato Grosso do Sul é o de serviço”, acrescentou Constantino
Quando questionado sobre o crescimento na ótica a despesa, levando-se em conta os números da Formação Bruta de Capital Fixo (4,8%) e da Despesa de Consumo das Famílias (2,6%), que também cresceram em relação ao trimestre imediatamente anterior, Michel Constantino detalhou nas explicações.
Na avaliação dele, como Formação Bruta de Capital Fixo é investimento privado, o Brasil está crescendo com o aumento desta iniciativa na economia.
“Os resultados estão aparecendo e agora temos menor desemprego e maior expansão de concessões e aportes de investimento estrangeiro direto. Com o aumento do emprego e expectativa positiva, as famílias estão consumindo mais, o que puxou o valor para cima. Do lado do governo, o executivo reduziu sua intervenção na economia, enxugou os gastos e isso se mostra nesse resultado”, esmiuçou Constantino.
Quanto ao setor externo, com as exportações de bens e serviços, que caíram 2,5%, enquanto as importações cresceram 7,6% – em relação ao primeiro trimestre de 2022 -, Michel Constantino ressaltou que, como a balança comercial brasileira é superavitária, a receita das exportações está maior que a das importações.
“Mesmo exportando menos, os ganhos estão maiores nesse trimestre. Com a redução do IPI, as importações naturalmente aumentam e isso faz com que tenhamos mais oferta de produtos e os preços baixem”, destacou Constantino.
FONTE: CORREIO DO ESTADO