Na manhã desta segunda-feira (12) aconteceu a reunião que são apresentados os procedimentos da Auditoria de Votação Eletrônica no Tribunal Regional Eleitoral, que vão ser realizados nas Eleições Gerais 2022.

Sob coordenação do Juiz Dr. Olivar Roberti Coneglian, juntamente com a Comissão de Auditoria do TRE-MS, o intuito é verificar, por meio de amostragem, a segurança e o funcionamento das urnas eletrônicas.

Na ocasião foi realizada uma demonstração do teste de integridade das urnas eletrônicas. “Nós queremos demonstrar que a urna é confiável, que ela na verdade é uma máquina, uma calculadora que nós somos responsáveis. Candidato A, candidato B ou o candidato C, pra gente pouco importa, o que importa é mostrar o resultado real”, enfatiza o juiz

Como já definido anteriormente, no dia 1º de outubro (sábado), às 8 horas, no plenário do TRE, urnas eletrônicas serão sorteadas e haverá audiência pública aberta à população, imprensa e partidos políticos.

Serão sorteadas 23 urnas, para serem monitoradas, e por questão de logística foi delimitado um raio de até 250 quilômetros de Campo Grande para os sorteios.

“Quem vai transportar essas urnas será a Polícia Rodoviária Federal. E nós temos planos A, B e C para qualquer imprevisto. Ah caiu uma ponte, ou qualquer outra situação, a gente vai ter um helicóptero à disposição da gente pra buscar essa urna onde ela estiver. Temos até um plano C que são carros disponíveis”, comenta Olivar.

Nos dias 16 e 17 de setembro às urnas começarão a ser inseminadas, ou seja, os candidatos (deputados, senadores, governadores e presidentes) começarão a ser cadastrados nas urnas.

Quem registra os nomes e fotos dos candidatos nas urnas são os cartórios eleitorais. Depois que as urnas são inseminadas, são lacradas.

Como ocorre a Auditoria

Teste de Integridade

Na data do pleito, na mesma hora em que ocorre a votação oficial, os números anotados em cédulas previamente preenchidas são digitados, um a um, nas 20 urnas eletrônicas escolhidas para Mato Grosso do Sul.

Paralelamente, os votos em papel também são registrados em um sistema de apoio à votação, que funciona em um computador.

Concluído o teste, o resultado é apurado na urna eletrônica e confrontado com o obtido através da apuração manual.

Essa comparação é feita com o intuito de aferir se o voto eletrônico funcionou adequadamente e se os votos em papel, digitados na urna, foram os mesmos registrados pelo aparelho.

Durante a fiscalização, ainda é verificado se há coincidência entre as cédulas; os boletins de urna; os relatórios emitidos pelo sistema de apoio à auditoria e o Registro Digital do Voto (RDV), a tabela digital em que são assinalados os votos eletrônicos.

Até hoje, não foi constatada nenhuma divergência em ambos os processos.

Todo o processo é filmado e transmitido ao vivo pelo YouTube.

Teste de autenticidade dos sistemas

Quanto ao Teste de autenticidade, serão 3 urnas eletrônicas submetidas a este tipo de auditoria em Mato Grosso do Sul.

A definição dessas 3 urnas também ocorre na véspera do pleito, na mesma ocasião em que são escolhidas ou sorteadas as urnas do teste de integridade.

Porém, esse tipo de auditoria é realizado na própria seção eleitoral, antes de iniciada a votação.

Ela tem por objetivo verificar as assinaturas e resumos digitais dos sistemas eleitorais para certificar que os sistemas eletrônicos são os mesmos que foram lacrados pelo TSE.

 

FONTE: CORREIO DO ESTADO