Nove municípios de Mato Grosso do Sul receberão militares e agentes federais para reforçar a segurança no primeiro turno das eleições.

No estado, o apoio acontece em Amambai, Paranhos, Bela Vista, Caracol,  Ponta Porã, Aral Moreira, Coronel Sapucaia, Antônio João e Caarapó. Os municípios estão situados próximos à fronteira com outros países, ou contam com recentes casos de conflito indígena.

A ação realizada pelo Tribunal Superior Eleitoral acontece em 561 municípios e localidades de 11 estados.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, o auxílio ocorre em “razão do acirramento da disputa eleitoral, cenário de polarização política e dificuldades logísticas para pedir o apoio ao TSE.”

Além de MS, o TSE enviará equipes de apoio ao Acre (21 municípios e localidades), Alagoas (2), Amazonas (26), Ceará (36), Maranhão (97),  Mato Grosso (31), Pará (78), Piauí (85), Rio de Janeiro (167) e Tocantins (10). O pleito deste ano acontece no próximo dia 2 de outubro.

É comum que o tribunal superior aprove o envio de forças de segurança para alguns locais durante as eleições. Os pedidos de reforço são feitos pelos TREs (Tribunais Regionais Eleitorais).

No primeiro turno das eleições de 2018, as Forças Armadas ajudaram na segurança e na logística de 369 zonas eleitorais, em um total de 510 cidades e localidades, também de 11 estados.

Sergipe chegou a pedir apoio neste ano ao TSE para garantir a segurança durante o teste de integridade das urnas, mas desistiu após garantir o reforço da secretaria de segurança pública local.

No caso do Rio, o TRE citou à corte superior para receber o reforço a “notoriedade da gravidade da situação da segurança pública no Estado do Rio de Janeiro, reforçada pela singular animosidade de que se reveste a disputa presidencial no corrente ano”.

As decisões de Moraes aprovando o envio das equipes de segurança ainda serão validadas pelo plenário do TSE.

Cerca de 30 mil militares devem participar da segurança neste ano em todo o Brasil.

Os militares atuam para “garantir o livre exercício do voto, a normalidade da votação e da apuração dos resultados”, afirma nota do TSE.

Apesar de o apoio ser corriqueiro, as eleições de 2022 acontecem sob o receio, por parte do Alto Comando do Exército, de que haja aumento de casos de violência eleitoral.

As Forças Armadas são peças-chave das operações de logística nas eleições. No pleito deste ano, o TSE também chamou os militares para a discussão sobre as regras do pleito e para fiscalizar todo o processo ligado às votações.

Desde então, os militares romperam um silêncio de 25 anos sobre as urnas e apresentaram diversas dúvidas e sugestões ao tribunal, que têm sido usadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para ampliar questionamentos ao voto eletrônico e fazer insinuações golpistas.

Em maio, o então presidente do TSE, Edson Fachin, disse que quem trata das eleições são as “forças desarmadas”. “Além disso, a contribuição [dos militares] que se pode fazer é de acompanhamento do processo eleitoral. Quem trata de eleição são forças desarmadas”, disse ainda Fachin.

 

FONTE: CORREIO DO ESTADO