Os candidatos a governador de Mato Grosso do Sul entram nos últimos dias de campanha eleitoral jogando no “tudo ou nada” para conseguir carimbar o passaporte para o segundo turno. Ao contrário de outras campanhas, quando se sabia quem iria para a final da disputa eleitoral, as eleições deste ano mostram um certo equilíbrio.

Mas a medida que se aproximam as eleições no domingo, 2 de outubro, aumenta a apreensão dos candidatos da linha de frente das pesquisas.

Todo cuidado está sendo tomado para não ser surpreendido nas urnas. O ex-governador André Puccinelli (MDB) entrou na reta final na liderança. O problema é que ele não se distanciou de seus adversários para lhe garantir uma tranquilidade nas eleições.

Ele mesmo sabe do cuidado que precisa tomar. Tanto é que passará esta semana debruçado nas pesquisas diárias (trackings), para monitorar o seu e o desempenho dos adversários.

Todo o esforço é para ampliar a vantagem sobre Marquinhos Trad (PSD) em Campo Grande. As pesquisas para consumo interno mostram equilíbrio entre os dois.

E Marquinhos, por sua vez, procura não perder fôlego em Campo Grande e busca conquistar votos no interior do Estado para conseguir carimbar o seu passaporte para o segundo turno.

A situação do candidato a governador do PSDB, Eduardo Riedel, é mais delicada em Campo Grande. Ele vem com força no interior, mas não conseguiu melhorar o seu desempenho na Capital, que pode definir quem vai para o segundo turno e até decidir a eleição do sucessor do governador Reinaldo Azambuja (PSDB).

Riedel aposta na militância dos aliados políticos para conquistar mais votos no interior nestes últimos dias, para tentar anular um pouco a desvantagem em Campo Grande. Os tucanos e aliados vão fazer, ainda, uma “blitz” na Capital para reduzir a distância dos adversários e habilitar Riedel para o segundo turno.

Na disputa pela reeleição, em 2018, o governador Reinaldo Azambuja virou o jogo sobre o juiz Odilon de Oliveira, que disputou o governo pelo PDT, depois de conquistar votos em Campo Grande no segundo turno.

O então prefeito da cidade e hoje rival de Riedel, Marquinhos Trad abraçou a candidatura de Azambuja. A estratégia deu certo. O juiz Odilon, que era adversário, virou parceiro de chapa de Marquinhos nas eleições deste ano, concorrendo ao Senado.

A deputada federal Rose Modesto (União Brasil) perdeu fôlego no decorrer da campanha eleitoral. Mesmo assim, ela ainda sonha com a expectativa de conseguir superar os adversários e ir para o segundo turno.

Sem contar que Rose vem enfrentando problemas de logística por falta de dinheiro para os candidatos a deputado federal e estadual. Com a motivação em baixa, eles deixam de fazer campanha para Rose nesta reta final.

Além disso, a presidente regional do União Brasil, senadora Soraya Thronicke, é candidata a presidente da República. Só que a projeção dela na mídia e nos debates não está refletindo em voto para Rose Modesto.

Já o candidato Capitão Contar (PRTB) espera surpreender nas urnas, apresentando-se como único candidato bolsonarista na disputa para governador.

Mas o seu rival Eduardo Riedel também se apresenta como candidato do presidente Jair Bolsonaro e seu palanque está forrado de bolsonaristas, como a ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina (PP), candidata ao Senado.

7h – início da votação

Ao contrário das outras eleições, neste ano, o horário de votação em Mato Grosso do Sul acompanhará o horário de Brasília (DF). As seções eleitorais abrirão para os eleitores às 7h de domingo (2) e encerrarão a votação às 16h (MS).

 

FONTE: CORREIO DO ESTADO