O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes, recebeu nesta quarta-feira (19) representantes das principais plataformas de redes sociais.
No encontro, as empresas e o ministro teriam feito um balanço da atuação no combate às fake news. Ainda teriam dito que a ideia é aprimorar a atuação no segundo turno.
A 11 dias das eleições, o TSE e as redes sociais não firmaram novos acordos, segundo um dos presentes.
Participaram do encontro representantes do Google, Kwai, Linkedin, Meta/Whatsapp, Tik Tok, Twitch e Twitter.
O representante do Telegram chegou após a reunião, mas também deve conversar com Moraes.
O TSE já mandou retirar dezenas de publicações com informações falsas das redes sociais.
O tribunal também firmou parcerias com as plataformas para divulgação de conteúdos verificados sobre as eleições. O Whatsapp, por exemplo, oferece um robô do TSE que responde dúvidas sobre as eleições.
As campanhas eleitorais, porém, têm se queixado de lentidão para retirada das fake news das redes sociais.
O TSE e as plataformas ainda não se manifestaram sobre a reunião desta quarta.
A coligação de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou a Moraes nesta semana que a Justiça Eleitoral está apenas “enxugando gelo” ao determinar a retirada de conteúdos das redes, e pediu para o TSE desarticular o que considera uma rede de fake news ligada ao presidente Jair Bolsonaro (PL).
No dia seguinte o corregedor-geral do TSE, Benedito Gonçalves, vetou o lançamento de um documentário da produtora Brasil Paralelo, desmonetizou páginas bolsonaristas até o segundo turno e intimou Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), vereador do Rio e filho do presidente.
Já a campanha de Bolsonaro pede ao tribunal para derrubar os perfis do deputado federal André Janones (Avante-MG), um dos articuladores da campanha de Lula nas redes sociais.
Também requer a exclusão de publicações que associam Bolsonaro à pedofilia por causa da fala do próprio presidente de que “pintou um clima” entre ele e meninas venezuelanas.
Nesta quarta, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), reiterou que o resultado das eleições será respeitado.
“Temos aí um posicionamento de eleição no dia 30. Um país que polarizou as discussões com muita dureza. Rezo e peço para que o povo brasileiro decida o que quer para o país, como decidiu seu parlamento”, disse, ao participar de reunião da bancada do União Brasil na Câmara dos Deputados.
“O recado virá. Nós estaremos aqui. Já pedi ontem na reunião de líderes que os líderes partidários venham Brasília no dia 30. Eu estarei aqui em Brasília no final da tarde, início da noite, no dia 30, para esperar o resultado das eleições”, continuou. “O resultado das eleições feito por urna eletrônica será respeito pelo Congresso Nacional, pelas instituições brasileiras, pelos parlamentares e pelo povo. Não tenho dúvidas disso”.
FONTE: CORREIO DO ESTADO