Olliver Richerd Ferreira Siebra, 19 anos, um dos motoristas acusados de participar de racha que terminou com morte na Avenida Júlio de Castilho, entrou na justiça pedindo a restituição do veículo apreendido.
A disputa de racha ocorreu em abril e terminou quando o motorista do outro veículo, Willian Goes Abbade, 36 anos, bateu em um poste de energia. A passageira do veículo morreu.
Olliver dirigia um Gol, mas não sofreu acidente. Ele foi denunciado por participar de racha, não prestar ou solicitar socorro às vítimas e dirigir sem CNH.
Conforme a petição protocolada na 1ª Vara do Tribunal do Júri, o veículo Gol está apreendido no pátio da 7ª Delegacia de Polícia Civil e já passou por perícia.
“Diante dessas circunstâncias, cabível e adequado se torna a restituição do veículo apreendido ao requerente emface de não existir a necessidade de se manter a apreensão”, diz a Defensoria Pública, que representa o motorista no processo.
Além da devolução do veículo, também é requerido a isenção de custas e despesas processuais.
O laudo da perícia realizada concluiu que o carro encontra-se em mau estado de conservação, com pequenas avarias na lataria, parabrisa trincado e pneus desgastados, além de estar sem bateria e com luzes da seta inoperantes.
O processo ainda segue na fase de instrução e audiências.
O caso
O acidente ocorreu na madrugada do dia 16 de abril, em trecho da avenida Júlio de Castilho, região do Jardim Panamá.
William Goes Abbade era motorista do Ford Ka que bateu em um poste de energia elétrica.
O carro dele era ocupado por sete pessoas, incluindo ele. Uma das passageiras, Roberta da Costa Coelho, 25, morreu na batida.
Segundo a denúncia, Roberta estava com o namorado em uma tabacaria e, quando decidiram se retirar do local, encontraram um amigo e William bebendo do lado de fora.
Eles passaram a conversar e o motorista ofereceu carona até a casa da jovem, que aceitou.
Os quatro entraram no Ford Ka, onde já havia outras três pessoas.
Mesmo tendo bebido, William assumiu a direção e, durante o trajeto, um veículo Gol emparelhou com o Ka e começou a acelerar, iniciando uma disputa de corrida em alta velocidade na avenida.
Além da alta velocidade, os motoristas também furaram sinal vermelhos e o Ford Ka acabou por colidir em um poste de energia elétrica.
Roberta morreu na hora e os demais ocupantes do carro foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhados para hospitais da cidade.
O carro estaria trafegando a uma velocidade superior a 100 km por hora na via que permite 50 km por hora.
A polícia identificou a placa do carro que concorria com o Ford e o motorista foi identificado e preso dias depois.
Por serem crimes graves, o motorista do Ford Ka teve a prisão decretada, sendo a mesma substituída por prisão domiciliar posteriormente.
FONTE: CORREIO DO ESTADO