Mato Grosso do Sul está entre outros cinco Estados, como alvo da Operação Autoimune, de combate ao mercado paralelo que comercializa, em território nacional, medicamentos falsos de origem estrangeira.
Conforme a Polícia Federal, num período de 10 meses, esse mercado paralelo de medicamentos estrangeiros, movimentou cerca de R$ 4 milhões, no período de 10 meses.
Executada pela PF, em conjunto da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e as Vigilâncias Sanitárias do município de Cuiabá e dos Estados de Goiás, São Paulo e Espírito Santo
Vale ressaltar que, essa operação realizada hoje (17), é resultado de uma apreensão, que aconteceu ainda em agosto, no aeroporto internacional de Campo Grande.
Na ocasião, como noticiou o Correio do Estado, foram apreendidas várias caixas de medicamento, com origem argentina, que tinham o princípio ativo Neostigmina.
Além do Mato Grosso do Sul, nesta quinta-feira (16), foram alvos os Estados do Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Mato Grosso.
Policiais federais, agentes de fiscalização da Anvisa e das vigilâncias sanitárias, cumprem um mandado de prisão preventiva (em Cuiabá) e 32 mandados de busca e apreensão.
Por sua vez, esses 32 foram cumpridos nas cidades de Ponta Porã/MS; Campo Grande/MS Cuiabá/MT, Campo Verde/MT, Fernandópolis/SP, Goiânia/GO, Abadia de Goiás/GO, Marília/SP, Ocauçu/SP, Vila Velha/ES e Angra dos Reis/RJ.
Entenda
Metilsulfato de neostigmina é utilizado para o tratamento de miastenia grave, além de servir para inverter os efeitos dos relaxantes musculares.
Apenas dois medicamentos, com esse insumo farmacêutico ativo, possuem registro validado pela Anvisa em território nacional, sendo: Normastig e o medicamento genérico Metilsulfato de neostigmina.
Importante frisar que, esses medicamentos, de origem desconhecida, não apresentam garantia quanto as condições de qualidade.
Ainda que um medicamento não tenha registro no país e, assim, a Anvisa autoriza a importação de forma excepcional, vale destacar que há o necessidade de cumprir procedimentos para que a segurança dos pacientes seja garantida.
Hemoderivado obtido a partir de plasma humano – e essencial no ambiente hospitalar -, a imunoglobulina humana é usada hoje para o tratamento de doenças inflamatórias e autoimunes.
Na página da Anvisa há uma relação de diversos produtos com registro válido que podem ser consultados.
FONTE: CORREIO DO ESTADO