Nos últimos dias aconteceu uma verdadeira reviravolta na disputa pela presidência da Assembleia Legislativa, que será eleita no dia 1º de fevereiro de 2023.

Se antes o nome de consenso era o do deputado estadual reeleito Londres Machado (PP), agora, aparece como favorito o deputado estadual reeleito Gerson Claro (PP), que está sendo apontado como o próximo presidente da Casa de Leis, inclusive, já com o apoio do PSDB.

Segundo apuração da reportagem do Correio do Estado, as articulações estão sendo comandadas pela presidente estadual do PP, senadora eleita Tereza Cristina, que parece já ter obtido consenso em torno do nome do deputado do partido.

Além disso, Londres Machado estaria trabalhando dentro da Casa de Leis, junto aos demais parlamentares, para que Gerson Claro seja eleito presidente.

Ouvido pela reportagem, Gerson Claro limitou-se a dizer que o PP está pleiteando a presidência da Assembleia Legislativa, mas não confirmou que será o escolhido pela sigla.

“O que posso afirmar é que o nosso partido está, sim, buscando a presidência da Casa de Leis, porém, se serei eu o escolhido ou o deputado Londres, não posso cravar”, afirmou.

O deputado estadual reeleito Coronel David (PL) ressaltou que o nome de Gerson Claro está realmente forte para ser o novo presidente da Assembleia Legislativa, mas ainda não há nada definido.

“O deputado estadual reeleito Lidio Lopes [Patriota] retornou de viagem e certamente vai começar a articular a própria candidatura”, ressaltou.

Ainda na avaliação do parlamentar, entre esses dois nomes postos, o posicionamento do governador eleito Eduardo Riedel (PSDB) será determinante para a escolha do futuro presidente.

“Até fevereiro de 2023 muita coisa deve acontecer para a definição da nova Mesa Diretora da Casa de Leis. Na minha opinião, a coisa vai começar a pegar fogo depois do dia 15 de janeiro de 2023, pois, agora, os deputados vão ouvir todos os interessados no cargo”, analisou.

Para o deputado estadual reeleito Pedro Kemp (PT), o martelo ainda não está batido sobre a definição de Gerson Claro para a presidência da Assembleia Legislativa.

“Ainda tem muita água para passar debaixo dessa ponte. A eleição é só em fevereiro, e temos ainda os novos deputados estaduais que vão chegar. Dito tudo isso, eu diria que hoje ele é o candidato com maior chance”, afirmou.

Já o deputado estadual reeleito Marcio Fernandes (MDB) desconhece que já estaria tudo acertado para que Gerson Claro seja o futuro presidente e acredita que tudo não passa de especulação.

Outro deputado estadual reeleito ouvido pela reportagem foi Jamilson Name (PSDB), que não descarta essa possibilidade, mas não quis confirmar, ressaltando que ainda é muito cedo para definir quem comandará a Casa de Leis a partir de 2023.

Reduto tucano

Com o encaminhamento do nome de Gerson Claro para assumir a presidência da Assembleia Legislativa, as atenções agora se voltam para a Primeira-Secretaria, que, novamente, deve continuar nas mãos do PSDB.

Por enquanto, a possibilidade é de que o cargo fique entre os deputados estaduais reeleitos Paulo Corrêa, Mara Caseiro e Jamilson Name, pois Zé Teixeira, por ser o atual dono da cadeira, não deve prosseguir no cargo em 2023.

Em conversa com o Correio do Estado, Jamilson Name reforçou que teria recebido o aval do presidente estadual do PSDB, governador Reinaldo Azambuja, para tentar viabilizar o próprio nome dentro da legenda para concorrer à Primeira-Secretaria.

“Conversei com o governador Reinaldo Azambuja para comunicar o meu interesse em disputar o cargo e não houve nenhum impedimento por parte dele”, relatou.

Agora, a definição de quem será o escolhido pelo partido deverá ficar entre Reinaldo Azambuja e Eduardo Riedel, no entanto, o correto a afirmar é que apenas no próximo ano teremos o martelo batido. Pelo regimento interno da Casa de Leis, o novo presidente terá de ser definido no dia 1º de fevereiro de 2023.

Nessa data, os 24 parlamentares devem se reunir para a solenidade de posse e eleição da Mesa Diretora, que será feita por votação nominal e aberta. Os vencedores para a presidência e para a Primeira-Secretaria da Assembleia Legislativa cumprirão mandato de dois anos, com possibilidade de reeleição por mais dois anos.

 

FONTE: CORREIO DO ESTADO