A possibilidade de o deputado federal reeleito Beto Pereira (PSDB) assumir a Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Assistência Social (Sedhas) na gestão do governador eleito Eduardo Riedel (PSDB) está definitivamente descartada.
Em conversa com a reportagem do Correio do Estado durante evento no Parque de Exposições Laucídio Coelho, na noite de quinta-feira, o parlamentar explicou a decisão de não assumir a Pasta porque ficaria apenas um ano e três meses no cargo, pois teria de renunciar para concorrer à Prefeitura de Campo Grande em 2024.
Além disso, conforme Beto Pereira, ao deixar de cumprir o mandato para qual foi reeleito, estaria traindo a confiança dos 97.872 eleitores que votaram nele nas eleições gerais deste ano.
“Acredito que será mais produtivo cumprir o meu mandato, pois poderia contribuir com todos os municípios do Estado. Caso assumisse uma secretaria, teria minhas ações mais limitadas”, disse, referindo-se às articulações necessárias para a viabilização da sua candidatura nas eleições municipais de 2024.
DESDOBRAMENTOS
O posicionamento do deputado federal reeleito coloca por terra a possibilidade de o primeiro-suplente, o vereador de Campo Grande Juari Lopes, mais conhecido como Professor Juari (PSDB), assumir a vaga na Câmara Federal.
No início deste mês, fontes de dentro do “ninho tucano” davam como certa as articulações para acomodá-lo na Casa de Leis no lugar de Beto Pereira, que assumiria a Sedhas ficando mais próximo da população de Campo Grande.
Com 20.634 votos conquistados, Juari Lopes é professor de História na rede pública de ensino e ingressou na política em 2012, como candidato a vereador, não sendo eleito, e, em 2016, tentou novamente uma vaga no Legislativo da Capital, mas também não teve sucesso, o que só veio a acontecer na eleição de 2020, quando conquistou uma cadeira na Câmara Municipal, com 4.199 votos.
Em conversa com a reportagem do Correio do Estado, quando ainda existia a possibilidade de assumir uma vaga na Câmara dos Deputados, Professor Juari reforçou que não tinha nada nesse sentido, porém, caso viesse a acontecer, estaria mais do que preparado para representar Mato Grosso do Sul na Casa de Leis. “Se acontecer, estou pronto”, garantiu.
Ele completou que, no Congresso Nacional, traria mais recursos para Campo Grande.
“Como vereador, sei das dificuldades que é para buscar emendas em Brasília”, disse, frisando que durante a campanha eleitoral defendeu a valorização do magistério e que deseja ser um representante da educação lá na Câmara dos Deputados.
FONTE: CORREIO DO ESTADO