O governador eleito Eduardo Riedel (PSDB) anunciou, na tarde de ontem, os nomes de 5 dos 11 secretários estaduais da sua gestão, que se inicia no dia 1º de janeiro de 2023, e adiou para terça-feira os seis nomes restantes.

Apesar de não adiantar nada, ele não descartou que os próximos secretários contemplem os partidos aliados, como o PT e as demais siglas que apoiaram sua candidatura no 2º turno das eleições.

Os cinco primeiros anunciados foram Eduardo Rocha (Casa Civil), Flávio César (Sefaz), Ana Nardes (SAD), Hélio Peluffo (Seilog) e Ana Carolina Ali (PGE), nomes que já tinham sido adiantados pelo Correio do Estado. 

A reportagem também já adiantou que os próximos nomes devem ser Pedro Caravina (Segov), Jaime Verruck (Semadesc), Luiz Ovando (Saúde), Ricardo Senna (Sedhas), Pedro Kemp (Educação), Antonio Carlos Videira (Sejusp) e João César Mattogrosso (Setescc).

Dessa forma, Riedel atende os principais aliados, que foram PT e PP, representados respectivamente pelo deputado estadual reeleito Pedro Kemp e pelo deputado federal reeleito Dr. Luiz Ovando.

“Os partidos aliados fazem parte do processo de conversa sobre política pública. Agora, os quadros serão escolhidos não só por uma questão de alinhamento da política pública: vou preservar muito a capacidade de cada nomeado, tentar conduzir nesse sentido, aí pode ser de qualquer partido ou agremiação”, declarou o governador eleito.

Ele reforçou que cada pessoa tem sua história, trajetória e conhecimento, seja pelo serviço prestado, seja pela contribuição ao coletivo.

“A gente falou na campanha o tempo todo que devemos observar uma política cada vez mais orientada para o resultado, para servir às pessoas, e isso não tem nada a ver com não aceitar indicações partidárias ou de agremiações. Nós temos de garantir que as pessoas chamadas tenham o conhecimento compatível com a área a ser desempenhada”, afirmou.

Principais objetivos

Acompanhado do seu vice, que também é coordenador do escritório de transição, deputado estadual Barbosinha, o governador eleito destacou os principais objetivos de cada secretaria.

“Como é tradicional, nesta hora, quase sempre todos se atêm mais aos nomes e aos cargos do que ao projeto que nos desafia. Ao fazer as nossas primeiras escolhas, destaco que o foco foi – e continuará sendo – o projeto a ser executado nos próximos anos”, disse.

Na Sefaz, ele destacou que o objetivo é criar uma nova sinergia mais produtiva entre as áreas responsáveis por grandes investimentos e pagamentos das contas, tendo como foco melhorar a qualidade dos gastos públicos, um dos maiores desafios do Estado atualmente.

“A tarefa principal do secretário de Fazenda é garantir um regime estável de austeridade, condição necessária para que qualquer processo de crescimento sustentado aconteça”.

A Seilog ficará com a execução do Plano Estadual de Pavimentação dos Municípios, um ousado projeto conectado ao saneamento básico que vai alcançar todas as 79 cidades de Mato Grosso do Sul.

Em um plano mais amplo, também ficará com a Seilog a responsabilidade pela conclusão de uma nova e robusta logística para o Estado, inclusive, para dar suporte e sinergia a grandiosos projetos que serão iniciados, como a Rota Bioceânica e os novos modais de transporte ferroviário, todos conectados com rodovias, aeroportos regionais, portos, portos secos e hidrovias.

CURRÍCULOS

A Sefaz ficou a cargo de Flávio César Mendes de Oliveira, que é formado em Relações Públicas, pós-graduado em Gestão e Marketing Integrados, foi secretário-adjunto de Riedel na Segov em 2019, vereador, presidente da Câmara Municipal de Campo Grande e está no governo do Estado desde 2017, quando esteve na comunicação da Sanesul.

Já a SAD ficou com Ana Carolina Araújo Nardes, que é advogada e pós-graduada em Direito Público e Controle Externo da Administração Pública e já trabalhou em diversos órgãos públicos, coordenando por sete anos o setor de compras e contratos da Presidência da República.

Em 2015, foi assessora jurídica da Segov e, em 2019, assumiu a área de compras do governo.

Para a Seilog, o escolhido foi Hélio Peluffo, que é prefeito de Ponta Porã, arquiteto de formação e um dos administradores mais bem avaliados do Estado.

Ele foi secretário municipal de Planejamento (1987-1988), elegeu-se vereador para mandato de 1989 a 1992 e foi secretário municipal de Infraestrutura (2005-2012), período em que coordenou a execução de 200 obras.

A Casa Civil ficou para Eduardo Rocha, que foi sucessor de Eduardo Riedel na Segov e realizou neste período um trabalho de fôlego na coordenação das secretarias setoriais.

Ele é formado em Economia, foi eleito três vezes como deputado estadual e, em 3 de dezembro de 2021, licenciou-se para assumir, na mesma data, o comando da Segov.

A PGE vai continuar com Ana Carolina Ali Garcia, que é graduada em Direito pela UCDB, pós-graduada em Direito Tributário pelo IBET e cursou MBA em Parcerias Público-Privadas e Concessões na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo.

Ingressou em 2005 na Procuradoria, onde atuou em diversos cargos, além de participar de SED e Segov e ser consultora legislativa do Estado.

 

FONTE: CORREIO DO ESTADO