Caso pudessem escolher uma forma de trabalho, 24% dos brasileiros escolheriam o modelo remoto, trabalhando em casa. Outros 28% preferem o sistema híbrido, trabalhando tanto em casa quanto na empresa, segundo a pesquisa Datafolha realizada nos dias 19 e 20 de dezembro.
Os dois grupos que optam pelas formas de trabalho que se destacaram desde o início da pandemia representam 52% dos entrevistados. Há ainda 45% que defendem a jornada somente presencial, e 3% que não opinaram.
A opção pelo home office é maior entre mulheres (28%) do que entre homens (21%). Também aumenta de acordo com a idade, começando em 15% dos entrevistados na faixa de 16 a 24 anos até chegar a 36% entre aqueles com mais de 60 anos.
A adesão entre trabalhadores com ensino fundamental (32%) é o dobro da registrada no grupo com ensino superior (16%).
Jornada mista
O híbrido encontra praticamente o mesmo apoio no público feminino (28%) e masculino (27%). Nesse caso, a preferência é maior entre os mais jovens (44%) e cai gradativamente conforme aumenta a idade –está em 12% entre aqueles com mais de 60 anos.
Também é maior entre trabalhadores com ensino superior (43%) do que no grupo com o fundamental (12%).
A escolha pelo somente presencial é maior entre homens (48%) do que entre mulheres (41%).
Por idade, o número fica próximo de 40% nas faixas de 16 a 34 anos, sobe para 49% de 35 a 59, e cai para 41% naqueles acima dos 60 anos.
A adesão entre trabalhadores com ensino fundamental (50%) é maior do que no grupo com ensino superior (40%).
No recorte por ocupação, a escolha pelo somente remoto é baixa entre empresários (11%), desempregados e funcionários públicos (ambos com 13%). Essa opção tem mais adesão de donas de casa (45%) e aposentados (39%).
Os grupos que manifestam mais preferência pelo presencial são empresários e assalariados sem registro (ambos com 47%), assalariados com registro (50%), funcionários públicos (52%) e desempregados (59%).
O híbrido é a escolha, principalmente, do empresariado (40%), do funcionalismo (35%), dos autônomos (33%) e dos assalariados com carteira (32%).
Os estudantes ficam praticamente divididos entre híbrido (45%) e presencial (42%) –apenas 14% escolhem o remoto.
No grupo dos aposentados, 39% apontam preferência pelo remoto, mesmo percentual que escolhe o presencial.
Na pesquisa, foram realizadas 2.026 entrevistas em todo o Brasil, distribuídas em 126 municípios. A margem de erro máxima para o total da amostra é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%.
FONTE: CORREIO DO ESTADO