A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu em flagrante nesta quinta-feira, 5, o empresário, instrutor de tiro e influenciador bolsonarista Maciel Carvalho. Ele é o principal alvo da Operação Falso Coach, deflagrada na manhã desta quinta, 5, para investigar a posse, o porte e o comércio ilegal de armas de fogo.

Os policiais cumpriram três mandados de busca e apreensão na casa do influenciador, em Águas Claras, distrito de Brasília, e em duas salas comerciais ligadas a ele. Em uma delas, segundo a Polícia Civil do DF, funcionava uma loja de armas, munições e acessórios.

A operação apreendeu 15 pistolas 9 mm e dois rifles calibre 22, avaliados em R$ 75 mil. Também foram apreendidas mais de 200 munições, aparelhos celulares, computadores e documentos.

A investigação aponta que Maciel Carvalho estava em liberdade provisória e teria usado documentos falsos para ocultar antecedentes criminais. O objetivo seria conseguir a licença de Colecionador, Atirador e Caçador (CAC).

De acordo com o delegado Wisllei Salomão, da Coordenação de Repressão aos Crimes contra o Consumidor, a Ordem Tributária e a Fraudes da Polícia Civil do DF, o influenciador vai responder por falsificação de documentos, estelionato, organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, uso de documento falso e disparo de arma de fogo. Em caso de condenação, as penas somadas podem chegar a 19 anos de prisão.

Maciel Carvalho tem mais de 426 mil seguidores no Instagram. Ele se apresenta como dono de um clube de tiro, onde também trabalha como instrutor. Um dos alunos foi Jair Renan, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foi o empresário quem registrou boletim de ocorrência quando a casa de Jair Renan foi pichada em setembro.

Os policiais encontraram uma CNH de Jair Renan durante as buscas e um celular que também seria do filho do ex-presidente. O Estadão apurou que ele não foi alvo da operação deflagrada nesta quinta.

COM A PALAVRA, A DEFESA

Até a publicação deste texto, a reportagem buscou contato com a defesa de Maciel Carvalho, mas sem sucesso. O espaço permanece aberto para manifestação.

FONTE: CORREIO DO ESTADO