A Polícia Federal encontrou, na noite deste domingo (29), mais uma casa, em Corumbá, que era usada como ponte de embarque de pessoas estrangeiras que estavam entrando ilegalmente no Brasil. Este é o quarto flagrante na cidade pantaneira dentro de dois meses.
De acordo com as informações da PF, no local foram encontrados três ônibus estacionados e diversas vans bolivianas, sendo que um desses automóveis estava sendo preparado para transportar cerca de 40 estrangeiros sem qualquer controle migratório.
Um brasileiro e dois cidadãos bolivianos foram presos em flagrante pela prática de imigração ilegal. O homem nascido na Bolívia já havia sido preso em janeiro de 2022 pela prática do mesmo crime.
Além de prender os envolvidos, a polícia também apreendeu todos os veículos que estavam sendo usados para o transporte de pessoas, incluindo as vans com placas da Bolívia.
Este é o quarto flagrante em dois meses, sendo que o primeiro aconteceu no dia 30 de novembro e o segundo no dia 03 de dezembro. O terceiro flagrante foi realizado no começo do ano, no dia 07 de janeiro.
OPERAÇÃO
Em operação realizada e setembro de 2022, a Polícia Federal tentou prender pessoas envolvidas na promoção de imigração ilegal de bolivianos para o Brasil, onde vinham buscar emprego na indústria têxtil. Os alvos ficam em Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal. Em Corumbá, há um dos elos nessa atuação criminosa.
Embora os bolivianos tenham autorização para entrar no Brasil sem necessidade de visto, os imigrantes que desejem viajar até São Paulo, onde era o destino final de muitos dos viajantes ilegais, precisam dar entrada no posto de imigração, que fica no Porto Esdras, entre Corumbá e Puerto Quijarro.
Sem passar por este local, os imigrantes embarcavam em ônibus clandestino, onde iam até a capital de São Paulo, onde muitas vezes, eram empregados no setor da indústria têxtil em condições, na sua maior parte, degradantes.
Conforme as autoridades policiais, os investigados poderão responder pelos crimes de promoção de migração ilegal, organização criminosa e lavagem de dinheiro, conforme o aprofundamento dos trabalhos investigativos.
FONTE: CORREIO DO ESTADO