Equipes do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO) apreenderam 23 veículos de luxo durante a deflagração da “Operação Alumidas”, realizada na manhã da última terça-feira (14).
Os veículos pertencem a um grupo criminoso investigado por lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e crimes contra a ordem tributária, que já causou prejuízo de aproximadamente R$ 200 milhões aos cofres estaduais, e de R$ 400,00 aos cofres públicos.
Em nota, a Receita Federal detalhou que as fraudes aconteciam com um esquema complexo de pagamentos e recebimentos, a partir da emissão de notas frias em um monopólio de empresas laranjas, visando a dissimulação de operações internas e interestaduais em conluio.
Dentre os carros apreendidos, estão um Mustang Shelby, veículos Porsche, Mercedes, Volvo, Dodge Ram e Land Rover. Segundo o DRACCO, os valores estão estimados em cerca de R$ 4.500.000,00.
Durante a operação, também foram apreendidos R$ 39.000,00 em espécie, mais de U$ 5000 e cerca de 1300 euros, além de jóias e demais objetos de valor.
Também foram encontrados documentos e equipamentos de informática que colaboram para o andamento das apurações. A Justiça efetivou o bloqueio e indisponibilidade de bens e valores, referentes à organização criminosa envolvida na fraude.
A “Operação Alumidas” cumpriu 27 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara Criminal Residual de Campo Grande, sendo 11 em Mato Grosso do Sul (Campo Grande, Paranaíba e Sete Quedas), 13 no estado de São Paulo (Capital, Guarulhos, Campinas, Bragança Paulista e Paulínia), 1 no Rio de Janeiro (Capital), 1 no Pará (Belém) e 1 em Minas Gerais (Belo Horizonte).
Desencadeada pelo DRACCO, a operação teve apoio da Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso do Sul (SEFAZ/MS) e Receita Federal.
Antigos conhecidos
Vale ressaltar que a Receita Federal aponta que, esse grupo investigado atualmente envolve pessoas jurídicas que já foram alvos de operações no passado, como a Blindagem Metálica, que teve suas apurações iniciadas em 2018 e cumpriu mandados em outros seis Estados, além de Mato Grosso do Sul.
Na ocasião, como detalhou o Correio do Estado, as sonegações fiscais atingiram a soma de R$ 4 bilhões em cinco anos, no mesmo esquema que envolve empresas “noteiras” e “blindadoras”.
Através de notas fiscais inidôneas, elas simulavam entre si a compra e venda de sucata de alumínio, além do alumínio bruto.
“Mesmo assim, persistem no não cumprimento de suas obrigações tributárias, tanto no âmbito federal como estadual”, diz.
Colaborou: Leo Ribeiro
FONTE: CORREIO DO ESTADO