Considerado o pior desastre natural na região em cem anos, o terremoto que atingiu a Turquia derrubou 25 mil edifícios e afetou a vida de 15 milhões de pessoas no raio do epicentro, incluindo quase 2 milhões de refugiados sírios.

Na Síria, onde a guerra já forçava deslocamentos em massa, a ONU calcula que mais de 5 milhões podem precisar de abrigo. No total, 46 mil já morreram e há pelo menos mais de 100 mil feridos.

Enquanto a atenção dos países afetados pelo sismo e da comunidade internacional está voltada para o socorro e a assistência emergencial dos sobreviventes, os números acima sugerem um cenário que pode ter como consequência uma nova onda de refugiados em direção à Europa, num momento em que a União Europeia debate como endurecer o combate à imigração ilegal, inclusive com o reforço de muros e cercas.

No início do mês, os líderes dos 27 países do bloco discutiram, em uma reunião que já estava agendada antes do terremoto, medidas para aumentar o controle das suas fronteiras externas. Em 2022, segundo a agência Frontex, foram registradas 330 mil entradas de forma ilegal na União Europeia, o maior número desde o biênio 2015-2016, no auge da emergência migratória desencadeada pela guerra civil na Síria.

 

 

FONTE: CORREIO DO ESTADO