Para honrar a memória da menina Sophia de Jesus Ocampo, morta aos dois anos de idade após ser agredida pela mãe Stephanie de Jesus da Silva, de 24 anos, e pelo seu padrasto, Christian Leitheim, de 25 anos, os familiares e amigos da criança irão realizar uma passeata para pedir justiça, no próximo domingo (26), às 16h30, no Parque das Nações Indígenas.
A intenção da caminhada é pedir que a Justiça, que foi tão negligente com a vida de Sophia, seja feita após a sua morte precoce. No dia 26 de fevereiro, o óbito completa um mês.
Ao Correio do Estado, a advogada Janice Andrade, que representa o pai de Sophia, Jean Carlos Ocampo e seu marido, Igor de Andrade, afirmou que a passeata está sendo organizada por amigos do casal para que o caso não seja esquecido.
Os organizadores pedem que, se possível, as pessoas que estarão presentes vistam camisetas na cor preta em sinal de luto.
A concentração será feita na frente do Bioparque Pantanal. O local foi escolhido porque, na semana em que a menina veio a óbito, seu pai estava planejando levá-la para conhecer o lugar.
JUSTIÇA POR SOPHIA
Em entrevista exclusiva ao Correio do Estado, o pai de Sophia, Jean Carlos Ocampo, e seu marido, Igor de Andrade, que se considera pai de coração da menina, relataram que mesmo após a morte da criança, o casal segue em busca de justiça.
De acordo com o casal, além de todas as negligências sofridas pela menina enquanto estava viva, agora a luta também é para que a luta por justiça não seja silenciada e para que a verdade sempre prevaleça.
Ainda segundo Jean e Igor, os setores envolvidos na investigação do caso desde que o primeiro boletim de ocorrência foi registrado, em janeiro de 2022, agora tentam construir a narrativa de que foi feito tudo que era possível para tirar Sophia da convivência de seus agressores.
“Foi uma forma de silenciar tudo que está acontecendo e desmotivar as manifestações”, afirmou Igor, ao comentar declarações dadas por autoridades durante a audiência pública realizada na Câmara Municipal, no dia 15 de fevereiro, para debater violência contra crianças e adolescentes.
FONTE: CORREIO DO ESTADO