A Polícia Federal descobriu que integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), presos em Rondônia, monitoravam agentes penitenciários de Campo Grande.
De acordo com o colunista Josmar Jozino, do Uol, os criminosos foram presos no dia 27 de janeiro, por planejarem ataques contra funcionários da Penitenciária Federal de Porto Velho (RO).
Na ocasião, eles tiveram os celulares apreendidos e perícia realizada nos aparelhos de dois acusados, de 53 e 27 anos, constatou que eles tinham um levantamento com endereços de agentes de Campo Grande.
Um funcionário da Penitenciária Federal de Campo Grande teria sido seguido em maio de 2022.
No celular de um dos faccionados, constava as movimentações feitas pelo agente, como horário em que saia e retornava para casa e rotina.
No relatório, constava que, durante a semana, o servidor federal ia trabalhar via carro de aplicativo de transporte e informava que o local onde ele reside é de fácil acesso.
Também constava informações sobre o fato de haver uma base do Batalhão de Choque da Polícia Militar a duas quadras da casa e haver várias câmeras de monitoramento no bairro.
No mesmo celular, também há relatório sobre outro servidor federal, informando que ele sai de casa às 8h, deixa o trabalho às 16h30, vai à academia das 17h40 às 20h e chega em casa às 20h40.
Sobre esta segunda vítima, os “olheiros” afirmam que ele sempre tira alguns minutos para olhar a rua e se certificar que está tudo bem antes de sair de casa.
Além dos agentes de Campo Grande, também havia outras mensagens sobre o alvo de Porto Velho, que já estaria com plano de assassinato para ser concretizado, a mando do PCC.
Os acusados foram presos antes de colocarem o plano em ação.
Evandro Robier Dias da Silva, 53 anos, conhecido como Trombada, e Douglas Costa Alves de Souza, 27 anos, foram presos no dia 27 de janeiro deste ano e estão na Penitenciária Federal de Porto Velho.
A Polícia ainda busca pelas mulheres dos acusados, que tiveram a prisão preventiva decretada.
A denúncia contra os acusados, oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF), foi aceita pela Justiça no dia 27 de fevereiro e eles respondem a processo por associação a organização criminosa.
Ainda segundo o colunista, agentes da Polícia Federal apuraram que o PCC é de São Paulo, mas alugou um apartamento em Porto Velho para servir de base para o monitoramento dos alvos, além de comprar carros para que a vigilância fosse feita.
A suspeita é que o PCC planeja atentar contra a vida dos servidores em represália à permanência dos chefes da facção criminosa que estão nos presídios de Brasília (DF), Porto Velho, Mossoró (RN), Campo Grande e Catanduvas (PR).
FONTE: CORREIO DO ESTADO