Durante a manhã desta terça-feira (07), a Polícia Federal deflagrou a Operação Bárbaros, que objetiva a repressão contra crimes de invasão de terras da União, corrupção, advocacia administrativa, tráfico de influência, falsidade documental e estelionato, com o envolvimento de vereador, ex-vereador e assessores parlamentares da Câmara de Ponta Porã.
A PF cumpriu seis mandados de busca e apreensão na Câmara, bem como nas residências dos alvos da Operação.
Conforme a Polícia, além dos mandados, foram cumpridos medidas cautelares de suspensão do exercício da função parlamentar por 180 dias, proibição de contato e aproximação de um dos investigados com os servidores da Superintendência do Patrimônio da União.
Ainda segundo a PF, as investigações foram iniciadas após as fiscalizações promovidas pela Superintendência do Patrimônio da União de Mato Grosso do Sul, vinculada ao Ministério da Economia.
Na investigação, foram constatadas ocupações irregulares em imóveis de propriedade da União, todas localizadas em Ponta Porã. Em Ponta Porã, os lote do Assentamento Itamarati, criado há pouco mais de 20 anos, ainda pertencem legalmente à União, mas a PF não informou se a operação de hoje se refere a lotes deste assentamento.
Na Operação, a Polícia Federal alocou 40 agentes oriundos das delegacias de Ponta Porã, Dourados e Campo Grande. Além disso, a PF contou com o apoio participativo de integrantes do Grupo de Pronta Intervenção (GPI) da Polícia Federal, em Mato Grosso do Sul.
A Polícia informa que o balanço da Operação, com os resultados preliminares das ações e apreensões, será divulgado ainda hoje (07).
Nomenclatura
O nome da Operação refere-se à época do Império Romano, onde os povos denominados de “bárbaros” não falavam o idioma grego e compartilhavam da mesma cultura e modo de organização da sociedade grega.
Além disso, segundo a Polícia, esses “bárbaros” habitavam a região norte da Europa, em uma área conhecida como Germânica e, a partir do século III d.C., passaram a migrar e invadir as terras do Império Romano do Ocidente.
FONTE: CORREIO DO ESTADO