A jovem de 29 anos que sobreviveu ao acidente ocorrido na noite de sexta-feira (10) na BR-163, entre Campo Grande e Jaraguari, permanece internada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) da Santa Casa. Ao Jornal Midiamax, o irmão dela afirmou que “foi um milagre ela estar viva”.

Segundo o familiar, ela segue internada na UTI devido ao estado respiratório, que ainda não é estável, mas segue consciente desde o momento do acidente. Ele explica que ela está lúcida e conversa com a família o tempo todo.

“Ela sabe de tudo que aconteceu, relata de forma branca e calma. Lógico que é muito sofrido, ela está muito triste pela perda das amigas de muito tempo, mas ela é uma pessoa forte”, afirma.

O irmão ainda relata que a jovem, que estava no banco de trás do Fiat Argo, estava consciente no momento do acidente e já havia sido informada, ainda no local, de que as amigas não sobreviveram. “Ela só perdeu a consciência na hora do impacto. Os bombeiros já tinham falado no momento que a socorreram, o óbito foi instantâneo. Foi um milagre ela ter sobrevivido, porque o impacto foi muito grande”, diz o irmão, se referindo à morte das amigas.

Agora, a família aguarda a estabilização no quadro de saúde dela para ser encaminhada para o quarto e, posteriormente, receber alta. Ela ainda deve passar pelo setor de ortopedia. “Depois ela já vai para o quarto e começa o tratamento da parte ortopédica. Ela é uma pessoa muito forte, e sei que não desiste fácil, então ela está cada dia melhor. Em breve nós teremos mais informações sobre a parte ortopédica, porque ela teve fraturas nos ossos”, finaliza o irmão.

O acidente

A colisão frontal envolveu um Fiat Argo e uma caminhonete Toyota Hilux, entre Campo Grande e Jaraguai, na BR-163. As vítimas foram identificadas como Carolina Peixoto dos Santos, Lais Moriningo Paim, Leticia de Mello da Silva e Kaena Guilhen Fernandes.

Levantamento da perícia apontou que o carro em que elas estavam tentou fazer ultrapassagem em faixa contínua e provocou a colisão.

Conforme informações do boletim de ocorrência, o grupo de amigas saiu de Campo Grande com destino a Rio Verde. A caminhonete era dirigida pelo padre Wagner Divino de Souza, de 45 anos, e seguia no sentido Jaraguari – Campo Grande.

O padre Wagner é sacerdote da Catedral Nossa Senhora da Abadia e Santo Antônio de Pádua e, segundo informado pelo arcebispo de Campo Grande, Dom Dimas, voltava do sítio de acampamento. Ele recebeu alta e não teve ferimentos graves.

Dom Dimas esteve presente no velório de Letícia e Laís, no Jardim das Palmeiras, e informou que outros representantes da igreja também estiveram onde Carolina e Kaena foram veladas.

A informação é de que as vítimas também faziam parte da comunidade católica, inclusive, uma delas era membro da Igreja Santo Antônio, liderada pelo padre que conduzia a caminhonete que se envolveu no acidente.

O Movimento de Cursilhos de Cristandade da Arquidiocese de Campo Grande, grupo cristão que as jovens faziam parte, publicou nota de pesar lamentando a perda das amigas. “O MCC se compadece com a perda trágica e se solidariza com todos os familiares e amigos”, diz postagem.

 

FONTE: MIDIAMAX