Passados mais de 30 dias desde a morte de do empresário Antônio Caetano de Carvalho – pelas mãos do subtenente reformado da Polícia Militar José Roberto de Souza -, na unidade do Procon de Campo Grande, os primeiros sinais de que haverá uma maior segurança começam a aparecer.

Conforme o Diário Oficial de Mato Grosso do Sul (DOE-MS), o primeiro protocolo de intenções em desenvolver ações conjuntas, entre a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (SEJUSP) e Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos (SEAD), foi publicado nesta terça-feira (14).

Entretanto, ainda que o documento sinalize para “adoção de medidas preventivas e de aprimoramento de segurança”, não há nenhuma ação (seja a curto ou longo prazo) citada no texto do protocolo.

Para essa garantia de segurança, além das medidas a serem tomadas para gerir riscos, como foi o caso registrado no mês passado, um Plano de Gestão de Riscos e Segurança (Plano de Segurança Orgânica) ainda tem o prazo de 60 dias para ser apresentado.

Informações preliminares apontam para a possibilidade do uso do serviço de inteligência, para pesquisa de antecedentes criminais de quem frequenta unidades do Procon.

Vale ressaltar que o Correio do Estado procurou o titular da Sejusp, Antonio Carlos Videira, para comentar essa e outras hipóteses, assim como detalhar quais são essas medidas de segurança, porém, até o fechamento da matéria não foi obtida uma resposta.

Relembre a morte no Procon

Antônio Caetano de Carvalho, empresário de 67 anos, morreu na manhã do dia 13 de fevereiro, enquanto participava de uma audiência de conciliação no Procon estadual, em Campo Grande.

Tendo como pivô da briga um motor de caminhonete Toyota SW4 blindada, o subtenente reformado da PM José Roberto de Souza tirou a vida do empresário em frente aos funcionários da unidade, fugindo logo em sequência.

Conforme apuração do Correio do Estado, serviço para esse tipo de medida de segurança custa entre R$ 30 mil e R$ 80 mil, dependendo do nível de proteção e do modelo do carro.

Depois disso, Segundo o depoimento de José Roberto de Souza, a oficina de Antônio teria sido recomendada por amigos.

De acordo com o advogado de defesa do PM, o autor dos disparos pagou R$ 20 mil via Pix e parcelou o restante do conserto do cartão de crédito.

Rosa afirma não ter a confirmação dos valores, pois ainda não teve acesso aos recibos bancários do cliente.

Após a troca do motor, a SW4 teria continuado com problemas.

Foi quando o PM aposentado voltou a procurar a oficina de Caetano, que realizou os reparos, mas cobrou pelo trabalho.

José Roberto decidiu procurar o Procon-MS, pois a caminhonete estaria no período de garantia e ele queria reaver os valores dos consertos após a troca do motor. **(Colaboraram Ketlen Gomes e Alanis Netto)

 

FONTE: CORREIO DO ESTADO