O pedreiro Cleber de Souza Carvalho, apontado como serial killer que matou pelo menos sete pessoas em Campo Grande, irá a novo júri popular na sexta-feira (12), na 2ª Vara do Tribunal do Júri.

Preso em 2020, ele já foi condenado por seis dos homicídios e as penas somadas ultrapassam os 96 anos de prisão.

No dia 12, Cleber irá responder por homicídio qualificado e ocultação de cadáver de Hélio Taíra, 74 anos.

A vítima fazia bicos de jardinagem e foi contratada pelo pedreiro para capinar um lote, na Vila Planalto.

Na ocasião, houve um desentendimento entre eles e o assassino o matou Taíra com vários golpes na cabeça e enterrou o corpo na calçada lateral da residência, concretando a área em seguida.ç

O idoso foi dado como desaparecido em novembro de 2016 e a família que morava na casa não sabia da existência do cadáver.

Os crimes do pedreiro foram descobertos em maio de 2020.

Todas as vítimas eram homens, que moravam sozinho e possuíam bens em seus nomes e todos foram mortos com pauladas na cabeça.

Vítimas e condenações

O primeiro corpo encontrado foi de José Leonel Ferreira dos Santos, de 61 anos, que foi morto dia 2 de maio de 2020 em sua própria casa.

No dia seguinte ao crime, a família de Cléber se mudou para a residência, fato que fez um vizinho da vítima desconfiar e registrar boletim de ocorrência.

Polícia investigou o caso e, ao ser descoberto, Cléber confessou a morte de José Leonel e outros homicídios, indicando onde havia enterrado os corpos.

Pela morte de José Leonel Ferreira dos Santos ele foi condenado a 18 anos de prisão.

A segunda vítima era ajudante do serial killer. José de Jesus de Souza, 45 anos, trabalhava como pedreiro nas obras e foi morto depois de desentendimento com o criminoso.

Ele era da Bahia e não tinha familiares em Campo Grande. A irmã de Cléber estava morando na casa de José de Jesus e ele também vendeu um terreno que pertencia à vítima.

Pelo crime, o serial killer foi condenado a 18 anos de prisão.

Roberto Geraldo Clariano, de 48 anos, foi com o suspeito até um terreno no Zé Pereira com a intenção de limpar e invadir o local.

Lá, se desentenderam e o criminoso golpeou a vítima na cabeça com o cabo de uma picareta. O assassino enterrou o corpo e arma do crime no mesmo lugar.

Pelo homicídio de Roberto, Cleber foi condenado a 15 anos de prisão.

Flávio Pereira, de 34 anos, primo de Cléber foi morto em 2015, depois de brigar com o suspeito devido a um terreno que pertencia à vítima. Após o crime, o pedreiro vendeu a propriedade para um barbeiro, de 53 anos, por R$ 50 mil.

A pena para este crime foi de 15 anos.

Claudionor Longo Xavier, de 48 anos, era caseiro de uma chácara quando conheceu o pedreiro e resolveram fazer juntos um investimento em imóvel, mas acabaram brigando.

O suspeito matou e levou o cadáver no terreno de uma casa no bairro Sírio Libanês e vendeu a motocicleta da vítima. A pena também foi de 15 anos.

O aposentado Timóteo Pontes Roman, 62 anos, contratou o pedreiro para fazer reparos na calçada da casa onde morava, na Planalto, onde foi morto com duas pauladas na cabeça e o corpo jogado em um poço de mais de 10 metros, nos fundos da casa.

Assassino disse que intenção era se apropriar da casa do aposentado, que morava sozinho.

Por este crime, ele foi condenado a 15 anos de prisão.

 

FONTE: CORREIO DO ESTADO