Agentes da Polícia Federal foram para as ruas de Corumbá e Campo Grande logo cedo na manhã desta terça-feira (30) para cumprir mandados de busca e de prisão contra supostos integrantes de uma quadrilha que agia no tráfico de cocaína e de armas na região de fronteira com a Bolívia. Pelo menos três homens e uma mulher foram presos. Eles estariam envolvidos ao atentado contra o carro de um policial em abril deste ano.

O bando é acusado, ainda, de envolvimento em sequestro, tortura e outros crimes, conforme nota divulgada pela Polícia Federal. Um dos alvos dos bandidos foi um policial militar. Conforme imagens divulgadas pela PF, um dos alvos da operação foi uma residência de alto padrão, mas os investigadores não revelaram se o imóvel está localizado em Corumbá ou em Campo Grande.

As investigações começaram a partir de informação da Polícia Militar de Corumbá sobre a existência de grupo criminoso responsável pelo armazenamento e envio de drogas, principalmente cocaína, para as capitais dos estados da região Centro-Oeste e Sudeste do Brasil.

Conforme a Polícia Federal, os bandidos atuavam em presídios e, para manter a impunidade, cometiam diversos outros crimes, dentre os quais incêndio ao veículo particular de um policial militar, incêndio a residência de desafetos, sequestro e tortura de ex-membro.

O incêndio ao carro do PM, de 31 anos, ocorreu na madrugada do dia 5 de abril deste ano, na região central de Corumbá, na Rua Treze de Junho esquina com Rua Tiradentes. Câmeras de segurança mostraram três homens se aproximando do veículo. Um deles joga combustível e na sequência colocam fogo. O crime seria uma represália por ações de enfrentamento ao tráfico efetuada pelo policial militar em Corumbá.

Nesta terça-feira (30) ação policial conta com a participação de 46 Policiais Federais no cumprimento de cinco mandados de prisão preventiva e 12 de busca e apreensão, nas cidades de Corumbá e Campo Grande, expedidos pela 1ª Vara criminal da Justiça Estadual de Corumbá/MS.

Os investigados poderão responder, inicialmente, pelos crimes de tráfico de drogas, participação em organização criminosa, incêndio, sequestro e comercialização de armas de fogo.

O nome da operação, MALUM, faz alusão a uma expressão em latim que significa “algo ou alguém de má qualidade, de conduta danosa”, traduzindo o comportamento dos integrantes da ORCRIM investigada.

 

FONTE: CORREIO DO ESTADO