Um homem, 33 anos, foi preso nesta terça-feira (30) em Três Lagoas, após ameaçar a ex-companheira com uma seringa com suposto veneno de cobra. A Polícia Civil realizou o mandado de prisão preventiva por intermédio da Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM), do município.
Segundo informações, o homem, morador do Bairro Santa Rita, estava ciente da ordem judicial de não se aproximar da ex-esposa e, além de descumprir a decisão, ameaçou a vítima dizendo que injetaria uma seringa com veneno de cobra nela.
A vítima teria conseguido escapar e informar a polícia sobre o ocorrido. Após isso, foi expedido através da 2ª Vara Criminal de Três Lagoas, o mandado de prisão preventiva do sujeito.
As buscas pela equipe policial começaram por volta das 10h da manhã, o autor foi localizado e preso próximo ao bairro onde está localizada a residência da vítima em poucas horas.
Ele foi conduzido à sede da DAM, onde foi dado o efetivo cumprimento ao mandado de prisão e realizado o exame de corpo de delito, após isso, foi conduzido às celas da Delegacia de Pronto Atendimento (Depac).
Ainda não se tem informações sobre a procedência da seringa, nem se de fato havia algum tipo de veneno dentro dela.
Números
De acordo com os dados do Dossiê Feminicídio do Ministério Público Estadual (MPMS), Mato Grosso do Sul registrou, no ano passado, 161 mulheres vítimas de feminicídio, sendo que 37 resultaram em mortes e 124 foram tentados.
Ainda conforme o documento, em 66,7% dos casos, houve descumprimento de medida protetiva após intimação do autor e 37,1% das vítimas tinham idade entre 20 e 29 anos. Entre janeiro e abril de 2023, já foram registrados 59 casos, sete deles com vítimas fatais.
De acordo com o MPMS, os altos índices de casos de feminicídio reforçam que as mulheres ainda estão vulneráveis e expostas aos diferentes tipos de violência.
“Elas lutam pelo direito à vida e pela liberdade de fazerem suas próprias escolhas, como, por exemplo, romper um relacionamento abusivo sem que o parceiro a mate ou a ameace por não aceitar o término da relação”.
FONTE: CORREIO DO ESTADO