Um dia depois da operação que resultou na prisão de três pessoas e no sequestro de contas bancárias usadas por narcotraficantes em Ponta Porã, a Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira, em Corumbá, operação semelhante, também para minar o braço financeiro do narcotráfico.

Desta vez, mais de 40 policiais federais foram às ruas para cumprirem nove mandados de busca e apreensão, todos expedidos pela Justiça Federal de Corumbá. Houve também a autorização judicial para o bloqueio de ativos financeiros, bens móveis e imóveis dos integrantes do grupo.

Conforme nota divulgada pela assessoria da PF, as investigações tiveram início após a apreensão de 275 quilos de cocaína em 13 de maio de 2021 encontrados em um veículo na parte alta de Corumbá.

No decorrer das investigações, os agentes descobriram apontaram que o possível líder da organização criminosa seria um comerciante que se utiliza de seu estabelecimento para ocultar dinheiro e bens obtidos pela prática do tráfico internacional de drogas. O nome deste comerciante não foi revelado.

De acordo com a PF, os alvos da operação desta terça-feira já respondem a outros processos na justiça pela prática de tráfico de drogas e de armas. Agora, poderão ser responsabilizados por lavagem de dinheiro e organização criminosa.

PONTA PORÃ

Na operação de segunda-feira, a PF prendeu um traficante paulista do PCC que passou mais de 15 anos escondido na fronteira com nome falso e operando o tráfico a partir de lá. Os outros dois detidos foram flagrados com armas em situação ilegal, por isso acabaram presos por porte ilegal.

Na operação Iporã (Bonitinho, no idioma Guarani) ainda foram apreendidas três pistolas, dois revólveres, um rifle, 200 munições, R$ 50 mil em espécie, além de valores sequestrados e valores em conta corrente que ainda serão contabilizados, informou a Polícia Federal.

Bonitinho fugiu de São José do Rio Preto após ser condenado por tráfico com seu nome real: Lucas Barbosa de Almeida, mas em Ponta Porã, vivia com documentos falsos, com o nome de Lucas de Almeida Alencastro.

Em Ponta Porã, com documento falso, era bem relacionado e vivia tranquilamente com esposa e filhos, mas continuava a serviço do narcotráfico, principalmente atuando na lavagem de dinheiro.

 

FONTE: CORREIO DO ESTADO