Com o objetivo de evitar tragédias como a morte de Arthur Matheus Martins Rosa, de 25 anos, candidato que chegou à exaustão durante o Teste de Aptidão Física (TAF) do concurso público da Polícia Militar e dos Bombeiros de Mato Grosso do Sul, o deputado estadual Pedro Kemp apresentou, nesta sexta-feira (4), um projeto de lei para proibir a realização da prova no período em que o calor atinge o pico durante o dia.
De acordo com o projeto de lei a aplicação do teste deve ser proibida entre às 10h00 e 16h00 horas, período em que o sol está no ápice. Caso a lei seja aprovada, só serão permitidas provas nestes horários quando forem realizadas em ambiente fechado e climatizado.
Segundo o projeto, se o teste acontecer em ambiente aberto, como o que está sendo realizado na Vila Olímpica da Vila Nasser, os candidatos devem ser submetidos ao esforço físico apenas no começo ou no final do dia, quando as temperaturas ficam mais amenas e o sol já não emite tanto calor, fazendo com que o clima fique mais confortável para a realização da prova, o que evitaria mal-estar ou outras consequências negativas.
O deputado ainda lembra que a morte do candidato, registrada nesta quinta-feira (3) após ele passar mal de exaustão, não foi a primeira a acontecer neste contexto e, por isso, é preciso ter regras mais rigorosas para a realização do teste.
Kemp também destaca que a banca organizadora do concurso divulgue orientações aos participantes em relação aos cuidados com a saúde que todos devem ter para participarem do teste.
“Não é o primeiro caso e precisamos com urgência criar formas rigorosas para prevenir que isso ocorra durante os testes físicos sendo uma delas, adequar o horário para que o TAF não seja feito no período de sol intenso.”
Além disso, a lei quer garantir o fornecimento de água e de equipe médica equipada no local para socorrer candidatos que venham a passar mal durante o teste..
“É importante que os cuidados com a Saúde também estejam no edital e que água seja disponibilizada água caso não haja potável no local da prova e a banca deve divulgar informações pertinentes à realização da prova física, como questões de hidratação, alimentação e vestimenta adequada”, disse Kemp.
RELEMBRE O CASO
Arthur Matheus Martins Rosa, de 25 anos, morava em Goiás e estava na Capital apenas para participar do Teste de Aptidão Física (TAF) do concurso no qual era candidato. Ele desmaiou de exaustão durante a prova, foi socorrido, mas não resistiu e acabou falecendo.
Em vídeo divulgado é possível ver o candidato e outras pessoas caindo durante o percurso de 2,4 metros que deveria ser completado em 12 minutos. Além da corrida, o teste também incluiu barra fixa e 32 abdominais, sendo de caráter classificatório, ou seja, é preciso completar as três provas para que seja aprovado para a próxima fase.
Além de Arthur, outras pessoas passaram mal e criticaram a organização do concurso, já que a prova não estava sendo aplicada em ordem alfabética, mas sim, em ordem de chegada. Diversos participantes relataram que tiveram que aguardar mais de cinco horas para realizar a prova, sendo que o local de espera não era coberto e também não foi oferecida alimentação.
FONTE: CORREIO DO ESTADO