Reunidos em Belém (PA) para a cúpula da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), nesta terça-feira, a ministra do Planejamento e Orçamento Nacional, Simone Tebet, o ministro de Minas Energia, Alexandre Silveira e o presidente da Petrobras, Jean Paulo Prestes afirmaram que o gás boliviano é necessário para o funcionamento da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN3), de Três Lagoas.

A afirmação foi feita durante reunião dos ministros e do presidente da estatal com o presidente da Bolívia, Luis Arce, oportunidade em que os brasileiros reafirmaram o interesse do Brasil em ampliar a compra de gás natural do país vizinho.

Durante a reunião também foi tratado sobre as intenções de retomar parcerias com o governo e empresas da região para promover a integração e desenvolvimento da economia da América Latina.

De acordo com Tebet, a conclusão da usina em Três Lagoas está no planos da Petrobras, mas, para isso, é essencial que o gás boliviano chegue em maior quantidade ao Brasil, já que o fertilizante fabricado no interior de MS será importante para toda a cadeia produtiva do agronegócio brasileiro.

“A conclusão desse investimento é importante não apenas para a economia da cidade e do Mato Grosso do Sul, mas para todo o agronegócio brasileiro e para a própria economia brasileira”, apontou a ministra.

Além disso, também foi combinada uma visita à Bolívia entre setembro e outubro, quando ambos ministros e Prestes irão dar andamento às discussões da reunião de hoje, incluindo o interesse no gás boliviano.

RECIPROCIDADE

Como já informado pelo Correio do Estado, o interesse em fazer negócios envolvendo o fornecimento de gás natural é mútuo, já que, em 2022, a Bolívia faturou 49% a mais em 2022 apenas com a venda do produto para Argentina e Brasil.

A empreitada é bastante interessante para MS, já que a companhia de gás, a MSGás, tem planos de expandir os negócios, com a possibilidade de abrir um ramal entre Campo Grande e Sidrolândia, um investimento de R$ 50 milhões.

Assim, se houver maior fornecimento do produto, a companhia ainda pensa em viabilizar um ramal para passar por Maracaju, Rio Brilhante e chegar em Dourados.

A capacidade do Gasbol é de 30 milhões de m³ por dia, com contrato atualmente prioritário apenas para a Petrobras.

 

FONTE: CORREIO DO ESTADO