Quase um ano após a morte de Humberto Andrés Coronel Godoy, na fronteira Brasil/Paraguai, a polícia do país vizinho prendeu um suspeito de envolvimento na morte do radialista.
Conforme noticiado pelo Correio do Estado à época, Humberto já sofria ameaças quando foi assassinado com oito tiros, na cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero, fronteira com o município sul-mato-grossense de Ponta Porã.
Mais recente, na noite da última sexta-feira (11), a polícia paraguaia divulgou a prisão de um envolvido, que aconteceu enquanto o rapaz estava em uma unidade médica para atendimento, hospital localizado em Capitán Bado, divisa com Coronel Sapucaia.
Vale destacar que, apontado como pistoleiro de aluguel, o suspeito agia em cidades de fronteira com Mato Grosso do Sul e, além do jornalista, o preso é acusado em outro crime, conforme apurado pelo portal Dourados News.
Segundo o noticiário local, esse indivíduo é acusado de ser responsável pela morte de Rafael Trinidad Sánchez, assassinado durante seu aniversário, que celebrava com os parentes em PJC.
Relembre o caso
Morto com disparos que atingiram suas costas; braço e tórax, Humberto Andrés Coronel Godoy trabalhava na Rádio Amambay e já havia noticiado ameaças.
Importante destacar que essa emissora pertence à família de José Carlos Acevedo, ex-prefeito de Pedro Juan Caballero morto em atentado ainda em maio de 2022, seis meses antes do assassinato do jornalista.
Como apurado pelo Correio do Estado à época, ele e seu colega de emissora, Gustavo Manuel Báez Sanchez (28), chegaram a prestar denúncia junto à 7ª Delegacia de Polícia de Pedro Juan Cabellero, a respeito de uma ameaça de morte recebida.
Encontrada na frente da casa de Gustavo, a intimidação aos profissionais argumentava os dizeres: “sabem de muita coisa, devem morrer”, sem que o jornalista soubesse apontar a origem de tais ofensas.
Vale frisar que, no dia depois da denúncia, um agente policial foi designado para a proteção de Sánchez, decisão essa proferida pela promotora de Justiça do Paraguai, Cecília Diaz, que não impediu a morte do profissional.
*(Colaborou Alison Silva)
FONTE: CORREIO DO ESTADO