Após cinco meses, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul (PCMS) divulgou o resultado das investigações sobre os dois corpos encontrados carbonizados em Campo Grande, na madrugada de 24 de julho. Ambos foram executados por desvio de 40 kg de cocaína, após serem julgados no tribunal do crime.
As vítimas identificadas como Thiago Brumatti Palermo e Marcelo dos Santos Vieira foram encontradas carbonizadas dentro de um veículo, no bairro Nova Campo Grande.
Segundo informações repassadas pelo delegado Carlos Delano, em coletiva de imprensa desta manhã (18), as diligências desencadearam em uma investigação complexa com muitas pessoas envolvidas.
Os dois sujeitos carbonizados eram responsáveis pelo armazenamento e transporte de uma carga de 100kg de droga que seria transportada para São Paulo. Eles guardavam a substância em uma casa alugada.
Esses dois trocaram 40kg do montante por gesso antes da realização do transporte, como um ato de roubo da substância que eles mesmos iriam carregar.
Entretanto, os 100 kg da carga foram roubados por outros dois criminosos e, posteriormente, o dono da droga encontrou esses dois responsáveis pelo roubo, descobrindo que parte da substância tinha sido trocada por gesso.
Por fim, um dos chefes da facção em Campo Grande foi acusado como suspeito de estar ligado aos atos de desvio e roubo.
Logo, as cincos pessoas foram levadas a julgamento no tribunal do crime, acarretando em mortes, fugas e prisões.
Deste cinco, os dois responsáveis pelo armazenamento da droga, que fizeram a troca por gesso, e os outros dois que roubaram a droga foram condenados a morte.
Thiago já havia sido morto por estrangulamento durante o julgamento e seu corpo foi jogado no porta malas de um carro.
Neste mesmo carro, o outro responsável por fazer a troca por gesso foi amarrado vivo no banco de trás do veículo.
Enquanto os dois ladrões da droga foram trancados também vivos no porta malas.
Após atearem fogo no carro e deixarem os quatro para serem carbonizados, os dois que estavam no porta malas conseguiram fugir, restando apenas Thiago e Marcelo no veículo.
Já o chefe, que também foi julgado, foi falsamente inocentado, sendo encaminhado a outro destino. Por fim, ele brigou com quem o levava, foi alvo de muitas facadas, conseguiu escapar e foi socorrido, encaminhado para a Santa Casa e preso posteriormente.
Saiba mais
Conforme divulgado, as diligências levaram a outros envolvidos, como donos de casas onde ocorreram crimes, chefes de facções, inclusive integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Até a data de hoje (18), há quatro pessoas sendo procuradas: Diogo Guilherme da Silva Firmino, 27 anos; Cristiago Nunes Dutra, 37 anos; Cezar Augusto Rocha Gonçalves, 22 anos; Cleber Laureano Rodrigues Medeiros, 48 anos.
Além disso, há mais três presos e dois respondendo em liberdade, os quais não tiveram nomes divulgados.
Os criminosos respondem por crimes diferentes conforme suas funções, entre os quais incluem-se homicídio qualificado, homicídio tentado, destruição de cadáver, integrar facção criminosa e tráfico de drogas.
FONTE: CORREIO DO ESTADO