A alta cúpula do Comando Vermelho (CV), entre eles Fernandinho Beira-Mar, Marcinho VP e Mano G, e mais 11 líderes de facções criminosas foram transferidos na última semana para presídios federais de Campo Grande e Mossóro (RN). A operação secreta da Polícia Federal, reuniu um forte esquema de segurança e mais de cem policiais federais.

De acordo com a Polícia Penal Federal (PPF), as transferências desses internos, serve para desarticular as formações de grupos criminosos que formam nos presídios brasileiros.

Ainda de acordo com a PPF, as lideranças criminosas estão há 17 anos sem registro de fuga, rebelião ou entradas de materiais ilícitos em complexos, onde os três se encontram.

Ação policial batizada de Operação Próta é referência a Fernandinho Beira-Mar. Em grego, significa “primeiro”

Fernandinho Beira-Mar

Luis Fernando da Costa, conhecido como Fernandinho Beira-Mar, é um dos chefes do Comando Vermelho (CV) e já foi considerado um dos maiores traficantes brasileiros. Ele foi capturado na Colômbia em 2001, em uma região dominada pelas Forças Armadas Revolucionárias Colombianas (Farc).

Beira Mar que estava no presídio federal de Campo Grande, foi transferido para Mossoró (RN).

Marcinho VP
Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, é uma das figuras mais complexas e proeminentes da criminalidade do Rio de Janeiro. Ele está na prisão desde 1996, quando tinha 20 anos.

Nesse rodízio, Marcinho VP que se encontrava preso no Rio Grande do Norte, foi transferido para Mato Grosso do Sul.

Dentro do sistema carcerário, VP é um dos principais aliados de Fernandinho Beira Mar.

Mano G
Gelson Lima Carnaúba, conhecido como Mano G, é um dos criadores e chefe da Família do Norte (FDN), uma das organizações criminosas mais violentas do país.  A FDN foi criada em 2007 e é a principal organização que comanda diversos presídios da região norte e tem aliados em diversos estados brasileiros.

Em 2002, Mano G comandou a chacina no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus. A rebelião que deixou 12 mortos, durou 13 horas e mudou completamente o sistema carcerário do Estado.

Segundo o Relatório Anual da Justiça Global de 2002,  a rebelião foi motivada pelo detento André Luiz Pereira de Oliveira, que teria torturado e espancado três agentes penitenciários.
Mano G foi condenado em 2022, em 48 anos de prisão.

Fonte: Correio do Estado