Na manhã de hoje (28), cerca de sete meses após a morte de Denis Antônio de Souza Queiroz, 31, e Leide Jasmin Rodrigues, 21 – casal encontrado carbonizado em Três Lagoas em julho do ano passado -, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul prendeu em Bauru a dupla apontada como responsável pelo crime, considerados pelas investigações como “amigos próximos” das vítimas.

Cabe ressaltar, conforme a Polícia Civil, que a motivação do crime ainda não está totalmente esclarecida, e os presos na cidade paulista serão recambiados para o município de Três Lagoas, onde serão interrogados e formalmente indiciados pelos crimes praticados.

As mortes de Denis e Leide foram enquadradas como homicídio quadruplamente qualificados, pelo motivo fútil, pelo recurso que impossibilitou a defesa das vítimas, pelo emprego de fogo e asfixia, e ainda, para assegurar a impunidade de outro crime.

Batizada como Operação “Fogo Amigo”, essa ação coordenada pela Seção de Investigação Geral (SGI) e Núcleo Regional de Inteligência (NRI) foi movida pela Delegacia Regional de Polícia Civil de Três Lagoas, contando com apoio das seguintes equipes da DEIC/DEINTER-4, da Polícia Civil do Estado de São Paulo:

  • 1ª DIG;
  • 3ª Delegacia de Homicídios;
  • Setor Especializado de Combate aos Crimes de Corrupção, Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro (SECCOLD), e
  • Grupo de Operações Especiais (GOE)

Relembre

Na manhã de sábado (22 de junho de 2023) dois corpos foram localizados em pontos distintos na cidade de Três Lagoas, distante cerca de 326 km de Campo Grande.

Logo nas primeiras horas da manhã, por volta de 06h, populares acionaram a polícia para relatar que o corpo de uma mulher ainda estava em chamas, localizado atrás da Unidade Educacional de Internação (UNEI) de Três Lagoas. Era Leide Jasmin Rodrigues, morta aos 21 anos.

Cerca de duas horas depois, o corpo de Denis Antonio de Souza Queiroz foi localizado distante quase 8km do corpo de Leide, já na saída para o município de Selvíria, em uma estrada do bairro Montanini nas proximidades da BR-158.

Natural do interior de São Paulo, Denis teria sido morto primeiro, enquanto Leide foi supostamente executada como queima de arquivo, por estar junto do companheiro na hora de seu sequestro.

Conforme a polícia, ambos apresentavam sinais semelhantes em suas mortes, como asfixia e por estarem parcialmente carbonizados. Os indivíduos apontados como “amigos próximos” serão ouvidos e confrontados com as apurações policiais referentes aos meios usados e motivações.

Alvos de prisão e busca e apreensão após representação da Polícia Civil, aceita pelo Ministério Público com ordens judiciais expedidas pela 1ª Vara Criminal e do Tribunal do Júri, da Comarca de Três Lagoas–MS, no momento da ação policial um dos possíveis autores dos crimes foi autuado ainda pelo flagrante por tráfico de drogas.

 

FONTE: CORREIO DO ESTADO