Mais um crime de homicídio com características de execução foi registrado na noite desta sexta-feira (29), em Campo Grande. Somando 11 mortes somente no mês de março deste ano a Capital vive uma escalada no número de crimes violentos com mais uma execução realizada na noite desta sexta-feira (29), no Bairro Núcleo Universitária II, conhecido como Cohab.

A vítima identificada como Anderson Vicente Chagas, 45 anos, de apelido “Baygon”, foi morto na Rua Odorico Mendes com a Avenida Souza Lima, em frente a sua residência com mais de 10 disparos de arma de fogo.

De acordo com o registro policial, testemunhas afirmam que os atiradores estariam em um veículo Volkswagen Gol, na cor branca, de onde realizaram os disparo que atingiram várias partes do corpo do rapaz, como, costas, axilas, tórax e também a cabeça. O homem morreu no local.

Ainda segundo o boletim de ocorrência, 12 cápsulas de calibre 9 milímetros foram recolhidas no local do crime pela equipe de perícia.

Uma segunda vítima atingida na perna por uma bala perdida foi socorrida e encaminhada para uma unidade de saúde por familiares.

Registrado na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Cepol, o caso é tratado como execução, tendo em vista que o “Baygon” possuí diversas passagens pela polícia, entre elas posse de arma de fogo, ameaça no âmbito da violência doméstica, injúria, homicídio, furto e porte de drogas.

A motivação do crime segue sendo investigada pela polícia.

Homicídios

De acordo com dados do Departamento de Polícia da Capital (DPC), neste penúltimo dia de março são contabilizados 11 casos de assassinato, com registrado na noite de sexta-feira, em circunstâncias que apontam execução e confirmam a escala na violência na Capital.

Ao considerar os crimes registrados desde janeiro, o número de pessoas assassinadas sobe para 31 em Campo Grande. Em 2023, no primeiro trimestre, foram 37 homicídios dolosos.

De acordo com dados da Sejusp, em 2022, foram registrados 456 casos de homicídio doloso no Estado. Em 2023, com informações coletadas até o dia 31 de dezembro, foram registrados 450 homicídios.

Do total de ocorrências do ano passado, a maioria ocorreu contra homens jovens e adultos (385).
Pesquisa do Atlas da Violência indicou que adolescentes e jovens entre 15 e 29 anos do gênero masculino são os que mais apresentam risco de serem vítimas de homicídio.

 

FONTE: CORREIO DO ESTADO